sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Day & Age by The Killers (2008)



Se é tardiamente que venho expor minha crítica a este álbum, se sinta com vergonha caso ainda não tenha escutado esse debut da brilhante banda americana The Killers.


Considerados queridinhos da cena cult mainstrean, os Killers levantaram foi muita poeira com o lançamento do ótimo Hot Fuss, considerado por muitos como seu melhor álbum. O caráter fashionista dançante trouxe singles louváveis como Somebody Told Me e a mágica Mr. Brightside – esta até hoje a melhor música do grupo. Hot Fuss abriu diversas portas para a banda e os alçou ao sucesso absoluto, com isso, a cobrança por um segundo álbum de inéditas fabuloso como o primeiro veio a galope.


Em meados do fim de 2006 eis que surge o criticado Sam’s Town, disco que bebe na efervescente Las Vegas e funciona na carreira da banda como um laboratório de experimentações. A mixagem altíssima e a rara presença oitentista (que havia se tornado característica da banda) fizeram chover críticas negativas. No entanto, Sam’s Town é um álbum consistente e maduro, recheada de hinos que entoam emoção exacerbada.


Em 2007, lançam a compilação Sawdust, que traz b-sides importantes e singles incríveis, como Tranqüilize.


Com a moral baixa diante à crítica e com dizeres de inovação no novo álbum, o The Killers se manteve na corda bamba escondida, já que o esperado terceiro álbum de inéditas definiria se a banda responsável pelo Hot Fuss seria apenas mais uma lembrança fugaz do século XXI ou se ficariam para a história da música, realizando o sonho de serem o próximo U2. Pois então, com Day & Age a banda consegue as façanhas de lançar o melhor álbum de 2008, além do melhor álbum da carreira deles.


Day & Age já começa com uma bela capa. Com cores e um “q” de saudosismo, a pintura é linda e assim permanece durante todo encarte do disco. Abrindo com a ótima Lousing Touch, já percebemos o quanto o disco promete. Com um inteligente solo de guitarra que brinca com teclados inquietos, a música torna-se um groove digno de um clássico dos anos 80, recheado com Flowers melodiando com calmaria.


Mas são nas próximas duas faixas que o disco se encontra. Se em Human (primeiro single) Brandon questiona o que procuramos e faz inveja à Robert Smith, com uma “melancolia animada”, em Spaceman a banda explode em uma danceteria que levará milhões aos gritos uníssonos apenas com a pulsante guitarra e com um coro de vozes que lembra o antigo Queen tocando nos estádios. Aqui esta o clímax de Day & Age.


Em Joy Ride, a guitarra de Dave Keuning traz um funk delicoso e convidativo, lembrando um bar de blues, até mesmo pela presença de sax competentes.


Brandon Flowers é dotado de uma voz que encanta pela doçura e suavidade, e é em A Dustland Farytale que ele procura explorar mais seu dom. A emoção faz parte da música e isso é evidente.

Juntos, a banda explora o mundo com as faixas This is Your Life e I Can’t Stay, com um toque de ritmos do terceiro mundo, os Killers nos traz serenidade nessas faixas. O que já não acontece com Néon Tiger, que é vibrante e nos convida a pular.


Partindo para o desfecho, The World We Live in seria bizarra se fosse tocada por outra banda. Melhor dizendo, seria gastante se fosse cantada por outro vocalista. Brando Flowers prova com essa música que quem faz a mágica do The Killers acontecer é ele. Não desmerecendo o resto da competente banda, mas aqui transformar o tosco no belo é uma tarefa quase impossível e Brandon o faz com maestria.


E é em Goodnight, Travel Well que o The Killers define o Day and Age. Ouvindo ela e esquecendo do mundo exterior é como fazer uma viagem ao desconhecido em uma noite. Com um vertiginoso instrumental, no final entendemos muito bem o que a banda quis nos propor com o álbum. Ao final da música, ainda de olhos fechados, nos perguntamos em que hora do dia estamos, se ao abrir os olhos veremos sol ou lua. Flowers homenageia um de seus ídolos, Bono Vox, entoando uma voz de mesmo timbre e que muito lembra o cantor irlandês. E assim finaliza este fabuloso álbum.


Difícil esta para definir que caminho o The Killers seguirá pela frente, mas visto a sua discografia, isso se torna extremamente interessante e charmoso. Ouvi-los é um prazer e isso já é irrefutável. Ao futuro ...

.(.4/5estrelasde5.).


Dica do Post:

Final de ano e a temporada de shows bons internacionais acabou. Mas ainda dá para conferir o melhor show de 2008. É com um embate entre o saudosista e o contemporâneo que a diva Madonna traz um espetáculo do maior grau de finessi para nós brasileiros: a turnê Stick and the Sweet. Da incrível montagem do palco às ótimas performances, tudo é inovador. Os telões enormes se desmontam e formam convidados como Britney Spears, Justin Timberlake e Pharrel Willians. Coisas magestrais como um Rolls Royce entrando adentro do palco fazem o show valer cada centavo gasto. O efeito de luz e a discografia por trás das batidas, dão um toque especial e novo à sucessos antigos como Like a Prayer e Vogue. Sem dúvida, é o show do ano, e para muitos brasileiros, é um show para a vida. Aproveitem e corram para ver, até mesmo quem não gosta, vale muito a pena.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Justiça Comprada.


Em um caso em que a falta de honra se confunde com masculinidade e que a procura por justiça se confunde com vergonha, abre-se mais um capítulo triste na história do judiciário brasileiro, que com este caso, provou que bandidos de colarinho branco possuem sim vantagens explícitas neste lugar chamado Brasil.

O promotor Thales Ferri Schoedl (foto) foi absolvido das acusações de homicídio simples – pela morte do jovem Diego Mendes Modanez – e tentativa de homicídio, pelo atentado ao amigo de Diego, Felipe.




Segundo Thales, em 30 de Dezembro de 2004, o promotor saiu com a namorada Mariana Ozores Bartoletti, quando em um grupo de 4 rapazes, um deles teria mexido caluniosamente com a namorada do réu. Envolvido em uma discussão e acuado pelos quatro jovens, o réu teria disparado tiros, da qual teria acertado Diego e Felipe, matando o primeiro.


O caso se desenvolveu até hoje, sendo que nestes anos todos, o réu/promotor ficou em liberdade provisória e no último mês voltou a exercer a função como se nada tivesse acontecido, ganhando um salário que muito difere da realidade da maioria dos brasileiros honestos deste país.


A decisão de absolver o promotor foi feita por unanimidade (!!!) pelos desembargadores, que concordaram que o réu agiu em legítima defesa (!!!).


Dentre as peças que não se encaixam, há o fato do réu e da vítima estarem em uma mesma festa, e que poderiam acionar a segurança a qualquer momento, além da esfarrapada colocação do desembargador que relatou o processo, Barreto Fonseca (companheiro de trabalho do réu), que disse na íntegra: "O réu só fez o disparo usando meio necessário. Ele era bem menor em estatura do que as vítimas. Apesar do número de disparos, não se pode dizer que foi um uso imoderado da arma porque ele atirou antes para o alto e para o chão".



É de se pensar: Se o promotor fosse um balconista, ganhando seus dois salários mínimos (bem diferentes dos 10 mil reais mensais ganhos por Thales) e cometesse o mesmo tipo de crime, teria ele o mesmo tratamento e a mesma absolvição no caso? Provavelmente não. Felizmente ainda pode ser recorrido, mas todos nós sabemos como terminará este caso não é mesmo?


É um lamento que a justiça de nosso país seja controlada pelos mais poderosos. É um jogo onde a hierarquia da fortuna prevalece e a dignidade vira chacota.

Dica do Post:

Fim de ano chegando e os planos para viagens vão sendo feitos. Férias? Quem não gosta? rs. Fazer uma viagem inesquecível sempre esta nos planos da vida de todo mundo, mas nem sempre o orçamento permite. Mas e quando, por meio da simpatia e educação de berço, pode-se economizar uma quantia razoável com hospedagem, por exemplo? É aí que entra a dica do post: o Coach Surfing (surfando no sofá) é um site onde há interação entre viajantes de todo mundo, que oferecem o sofá da casa para hóspedes de todas as partes do mundo. Você pode oferecer sua casa ou pedir hospedagem em qualquer canto do mundo, podendo assim conhecer uma cultura mais afundo sem ao menos gastar com nada. A experiência é válida e o site é divertidíssimo. O bloggueiro que vos fala vai tentar uma hospedagem no Rio de Janeiro para o final de semana do show da cantora Madonna, se tudo der certo, posto a experiência. Enjoy it!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Jogo da alienação.

A mídia sempre foi a precursora de modismos e influências na vida da maioria das pessoas no mundo. Ditar tendências, gírias, modos de vida, enfim, características que adotamos devido a algo passado pela mídia e que, por algum fato, nos simpatizamos com determinada coisa a ponto de a adotarmos.. Sejam filmes, novelas, músicas, ou bandas estilosas, todas elas de alguma forma fazem parte de nossa vida.

A mídia senhores (as), é um veículo que ao mesmo tempo em que destrói, pode vangloriar determinado artista visando exclusivamente o lucro. Exemplos são vastos, mas o que me fez escrever sobre isso foi o novo auge ao qual a “cantora” Britney Spears se encontra no momento depois de tantos baixos.

Spears é a capa e recheio da edição de dezembro da revista Rolling Stone americana, nada mais nada menos do que revista com maior influência no campo da música mainstream no mundo. Sucessora de fracassos na vida pessoal, que se acumula em perda da guarda dos filhos e internação em clínica psiquiátrica, Britney é hoje (novamente) a maior artista pop com menos de 30 anos.

Após o lançamento do ótimo Blackout no final do ano passado, seus singles, ao serem lançados, não saem do pódio de listas especializadas das mais tocadas. Seu novo sucesso, Womanizer, foi recorde de downloads pagos e seu novo cd (Circus, 02/12/08), assim como o anterior, é esperado por milhões no mundo todo. Fora isso, há as (estranhas) vitórias nos prêmios da MTV americana e européia. Sim, Britney voltou com tudo.

Mas o que é estranho, é que por dois anos a cantora apenas era vista como um fracasso ambulante. Tida como a sucessora de Madonna, Brit já tinha seu fim decretado por todos do show business. Manchetes e mais manchetes ditavam 24hrs do dia de Spears, procurando qualquer indício de barraco ou coisas afins. É lamentável, mas era o que acontecia.

Hoje, fotos com crianças na escola e entrevistas de arrependimento entram em detrimento à vida de Spears há pouco mais de um ano. É um jogo de negócios. Britney ainda gera muito dinheiro ao show business, suas músicas, por menos talentosa que a cantora seja, sempre são sucessos e sempre são ótimas, se tratando na categoria em que ela se encaixa. Circus já pode ser baixado e escutado, e nele é visto mais um “disco de ótimos produtores”, ou seja, há tantos mecanismos nas músicas que fica difícil perceber a Britney da época de Baby One More Time... (seu primeiro grande sucesso), mesmo assim, é um bom álbum e venderá que nem água novamente.

A mídia tem esse poder: ao mesmo tempo em que destrói, põe o artista lá em cima. É tudo alienação. Mexer com a mente das pessoas virou moda para se ganhar dinheiro. Infelizmente é inevitável. São conseqüências da nova era.

Dica do Post:
Começou a temporada de ótimos filmes no cinema. Assistir a todas as seções anda sendo uma tarefa complicadíssima, mas sempre arrumamos tempo para a arte não é mesmo? Assim, a dica de hoje vai para mais um filme deslumbrante do ótimo Woody Allen. Vicky Cristina Barcelona é uma comédia romântica recheada de inteligência e bom gosto. Cada personagem se encontra em total sintonia e harmonia e uma história totalmente redonda. Grande destaque à Penélope Cruz, que arranca boas risadas com sua eufórica Maria Elena.
[SINOPSE] Duas jovens americanas, Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson), vão passar as férias de verão em Barcelona. Vicky é uma mulher sensível e está prestes a se casar; Cristina é dada a aventuras sexuais. As duas viverão um intenso - mas complicado - romance entre elas e também com Juan Antonio (Javier Bardem), um carismático pintor que vive uma tempestuosa relação com a ex-mulher Maria Elena (Penélope Cruz).
NOTA: 9,0

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

007 - Quantum of Solace (2008)

De tirar literalmente o fôlego, o novo filme da franquia 007 consagra Daniel Craig como um dos melhores agentes de toda franquia (se não for “o” melhor), além de se tornar um dos melhores filmes de ação de 2008, assim como foi seu anterior Casino Royale.

[SINOPSE] James Bond (Daniel Craig) está desiludido pela traição da única mulher que se permitiu amar. Mesmo diante da desfeita, Bond encontra forças para ir em busca da verdade e descobre que a organização que chantageou Vesper é muito mais complexa e perigosa do que pode imaginar. Durante as investigações, o serviço de inteligência descobre um traidor e coloca Bond e a linda e vingativa Camille (Olga Kurylenko) lado a lado no caso. Camille apresenta-o a Dominic Greene (Mathieu Amalric), empresário que tem ligações com a misteriosa organização. Bond descobre que Greene planeja controlar os recursos naturais mais preciosos do planeta, utilizando aliados na tal organização e manipulando contatos dentro da CIA e do governo britânico. Isso se Bond não conseguir impedi-lo antes.


Se a escolha de Martin Campbell no filme anterior foi certeira demais, o que dizer quando se anuncia uma troca de diretores em apenas um filme lançado? A escolha de Mark Foster causou certo rebuliço ao ser anunciada. Isso porque os antigos trabalhos de Foster, apesar de impressionantemente ótimos, eram direcionados ao drama ou ao romance. Ao pegar uma forte ação como são os filmes da franquia 007, o diretor ficou com uma responsabilidade enorme, já que o último longa havia sido sucesso de bilheteria e crítica, mesmo a franquia ter estado um pouco conflitante com seu público (devido à era Pierce Brosnan). Entretanto, Foster utiliza de suas ferramentas e as incrementa no violento filme, e isso faz com que emoções se misturem e o toque de vingança, que é o ingrediente principal deste longa, se torne bem mais saboroso e apreciativo.


Bond, dessa vez tem de vingar a morte de sua amada Vésper e também vingar a tentativa de assassinato de sua chefe M, à quem tem grande admiração e respeito, mesmo não demosntrados. Com, isso a pancadaria rola solta. A utilização das câmeras de Foster é de total sintonia com filme. As cenas de ação chegam a arrancar calafrios e nos fazem perder o fôlego literalmente. Seja na água, na terra ou até no ar, James Bond é capitado com uma maestria surreal, e desperta aquilo que todos desejam sentir ao assistirem à uma boa ação nas telonas.


O que peca neste longa é o roteiro artificial. A trama além de não redonda como eram em Casino, é recheada de furos. O vilão do filme chega a ser onipresente, e os pseudos-vilões não agradam. O tom político do filme funciona – o embate pela procura por petróleo e água em um país morto como a Bolívia -, e as cenas de fala maior servem como pausa das grandes e fenomenais cenas de ação, o que é categoricamente positivo.


Daniel Craig está fenomenal. Indo do charmoso ao violento, o ator transmite ao público quem realmente deve ser James Bond. Craig bate pra valer, espanca, não pensa duas vezes antes de matar e não tem dó nem piedade de ninguém, nem ao menos quando se vê com o coração dilacerado devido ao último romance. Cenas deste filme mostram o protagonista humano, e que não age por si só. O personagem apenas peca na perda do mulherengo, característica marcante de Bond.
Judi Dench novamente brilha como a chefa M. Em poucas cenas ela consegue ser versátil ao ponto de mostrar fúria pelas desobediências de Bond e ainda, menos que disfarçadamente, mostra seu lado afetivo com aquele agente turrão.
Se Eva Green conquistava pela beleza, a nova bondgirl Olga Kurilenko (Camille) traz talento à uma mulher de garra e princípios. Papel difícil e que foi completado com caráter e ótima atuação. Com um elenco cheio de harmonia como esse, dificilmente sairia algo ruim.


As captações junto à trilha sonora são ótimas, e seguem o padrão hollywoodiano de ser.
Quantum of Solace consagra a franquia como indispensável a cada ano. Agora sim, temos um James Bond como ele deve ser: charmoso, ruim, vingativo, inteligente e forte. Uma dica? Respire fundo o quanto você puder antes do filme, porque serão 1hr e 50 minutos de puro êxtase sufocante.
NOTA: 8.5

Dica do Post:
O final de década de 70 e toda a década de 80 foram cruciais para o surgimento e glorificação das bandas de hard/rock/metal. Bandas como Metallica, Skid Row, Guns, entre outros, possuem um histórico fantástico e marcante nessas décadas. Entretanto, nenhuma delas se iguala na importância que o AC/DC tem sobre o Hard Rock mundial. Foi Back in Black (ainda com o falecido Bon Scott nos vocais) que levou o metal na casa de todos, sendo um dos discos mais vendidos da história. Foram eles que tiraram o sossego de artistas do pop e levaram a violência da pancadaria aos quatro cantos do mundo. Utilizando de letras cheias de clichê e um som pesadíssimo, a banda tem um marco histórico incrível em meio a tragédias e fracassos. E em 2008 eles voltam com um álbum que novamente prende a respiração de qualquer um - assim como o 007. Black Ice repete todos os artifícios dos últimos álbuns, inclusive a facilidade de tornar o cru uma qualidade essencial. Novamente ouvirão uma voz rasgada, uma bateria estraçalhada e uma guitarra nervosa. Assim como deve ser um bom disco de hard/rock/metal. Assim como o AC/DC sempre ensinou aos seus categóricos e bons discípulos na música.
.(.4/5estrelasde5.).

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O Atraso no Progresso.


Finalmente as eleições americanas chegaram ao fim, junto à ela também finalizou-se o referendo popular na Califórnia afim de decidir sobre a contínua permissão ou não dos casamentos entre homossexuais.

A vitória de Barack Obama sem dúvida é um marco na história dos EUA. Agora não apenas temos um negro (tão combatido preconceituosamente no país nas décadas anteriores) no mais alto escalão político do mundo, como também temos um libertário, alguém com uma visão de mundo maior, com ideais e promessas que beiram ao genialismo para uma nação retrógrada como é a norte-americana.
A derrota de McCain também deve ser lamentada, mas os EUA e o mundo precisavam de alguém como Obama. Pulso fraco? Talvez, o tempo dirá, mas a questão é que é entregue em suas mãos um país falido, destruído pela ganância e falsa soberania do governo passado. Obama terá de lidar com problemas que demorarão anos para se resolverem. É pressão demais, e se ele não conseguir desta vez, não conseguirá nunca mais. À ele toda sorte do mundo, porque fazer com que a locomotiva chamada EUA se mova com a mesma força e velocidade de anos atrás mantendo o país estável vai ser de um trabalho imenso e amargo. Mudar o modo de vida de um povo acomodado e “cabeça-dura” como é o norte-americano não é uma tarefa mole e percalços virão a galope.

O primeiro já veio. Com 52,1% foi decidido proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Califórnia. Logo a Califórnia, o estado gay do mundo. Essa decisão não apenas interferirá na vida dos homossexuais do local, que por causa da ignorância e da falta de senso da população local são obrigados a conviverem com a indiferença que não existe. O prejuízo também virá pela Califórnia ser um dos 3 estados com maior renda pelo turismo nos EUA. E pasmem, é o estado com maior circulação de dinheiro (falando em Turismo, com bares, boates, hotéis, tudo incluído) vindo da comunidade GLS no mundo.
Com a decisão de tal referendo, além de se criar uma aversão ao estado em si e sua população, faz com que algo que trazia um montante respeitável de dinheiro se perca pela estapafúrdia absurda do resultado de tal referendo. A conseqüência vai vir o mais rápido que eles imaginam, o país está em crise financeira grave e por questões pessoais decidem se livrar de um negócio rentábilíssimo.

Infelizmente, agora, a “Proposta 8” vai ser implantada, e com isso desce-se um degrau na escala do progresso humano/social ao qual o EUA finalmente se submeteu com a vitória de Barack Obama. O temor fica pela amplitude que esse resultado pode ter, já que com um assunto delicado desses a população norte-americana não teve os cuidados e preparos necessários para decidir sobre suas próprias leis e tudo o que elas carregam, assim, pensar em um voltar por cima com a ajuda de Obama o mais rápido o possível é de extrema dúvida, só que desta vez não temos um presidente incapaz para botarmos a culpa.

Dica do Post:
As boysbands da década de 90 foram sem dúvida a maior febre adolescente da época. Não tinha para ninguém. Com o sucesso de N´Sinc e Backstreetboys outros conjuntos apareceram, mas sem fazer o sucesso fenomenal das duas primeiras citadas. Músicas de qualidade duvidosa, o que mais impressionava em certas canções era a junção das boas vozes masculinas que traziam sons muitas vezes de qualidade. É provando isso que o Westlife lançou há um tempo atrás (2006) um ótimo disco de covers e que eu há poucos dias conheci. Intitulado The Love Álbum, o cd traz sucessos da década de 80 e 90 regravadas com coros, agudos, junções de vozes masculinas e femininas e até passadas acústicas. É um belo disco, vale a pena escuta-lo. (.4estrelasde5.)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A inveja de Al Capone.


A importunação de panfleteiros e vendedores autônomos no dia-a-dia nas ruas de nossas cidades, apesar de desgastantes, podem ser entendidas, já que cada um tem seu trabalho e isso deve ser respeitado. No entanto, é frustrante ser parado e intimado, mesmo sob alegação de compromissos ou de falta de tempo, por àqueles que se auto-proclamam difusores da fé pela Igreja Universal do Reino de Deus.
Nos poucos minutos de diálogo com o tal difusor, é extremamente perceptível a falta de noção de realidade dessas pessoas. Qualquer problema pessoal é interpretado como maldição demoníaca, e tudo têm cura pelas mãos do senhor naquela igreja.

Convenhamos, não há máfia maior. A chamada IURD tem em suas posses nada mais nada menos do que dois jornais de grande tiragem de cópias, 30 rádios, uma emissora nacional de televisão (uma das maiores do Brasil, diga-se de passagem), além de nada mais nada menos do que sete milhões de fiéis espalhados por mais de dois mil e quinhentos templos pelo Brasil. Além disso, há as influências nas áreas jurídicas e políticas de nosso país com grande escala no poder. O fundador da igreja, o Bispo Edir Macedo (que se auto denominou Bispo, diga-se de passagem), tem um patrimônio milionário ao qual se soma jatinho e casas no exterior.

Com o devido respeito aos fervorosos fieis e sua crença, é visível e agoniante a presepada que se forma dentro dessas igrejas. O dízimo, por exemplo, é de 10% da renda de cada família (às vezes de cada salário particular do fiel). O dinheiro tem de ser somado ao montante de 10 mil, que é o valor separado tirado de cada igreja para ser enviado à matriz em Porto Alegre – RS.
Os dizeres de cartazes na rua beiram ao cômico. Neles há curas para doenças como câncer e leucemia, além de promessas de como salvar uma dívida sem importar o tamanho dela. E por aí vai. O mais triste é ver que há a esperteza intrínseca nesse negócio, com um investimento na massa mais pobre de cada cidade. Famílias em estado de pobreza lamentável são atraídas à essas Igrejas sob a promessa de uma vida melhor e com resoluções de seus problemas.
Não digo isso sem conhecer a fundo o trabalho dessas entidades, e àqueles que duvidam, basta procurar uma dessas igrejas e tirar suas próprias conclusões.
Há também o lembrete de que o dono é Edir Macedo, pessoa que enfrenta diversos processos na justiça, além de um histórico terrível, incluso vídeo famoso no You Tube.
Gostaria de enaltecer que sob hipótese alguma este é um texto de inferiorização ou preconceito à religião, mas basta uma pequena vasculhada pela internet ou até mesmo um simplório encontro com um “difusor da fé evangélica” para termos uma noção do que esta bem à frente de nossos olhos e não enxergamos.
Com tamanha articulação neste negócio envolvido, e com tanto dinheiro que isso traz, até o grande Al Capone se sentiria figura tosca comparado à tudo isso. Deus seja louvado!
Dica do Post:
Dois álbuns britânicos foram recén-lançados, e nos trazem o que a de melhor no old e new rock.
Oasis traz em seu vintage “Dig Out Your Soul”, canções que se perdem nas empreitadas da banda. E olha que isso não se torna uma crítica, porque o álbum é bom. Neste, os irmãos Gallagher trabalham juntos em 3 faixas do álbum e que talvez sejam as melhores. Uma mistura de beatles com, hã, Oasis e que dá certo, apesar do psicodelismo exagerado. Destaque para a faixa "Falling down" (.2/5estrelasde5.).
Bem diferente na sonoridade do Oasis, o tri Keane chega com seu Perfect Symmetry, um álbum completo e que melhor define a banda. Fugindo das comparações de Coldplay e Doves, o Keane monta um álbum que apesar de bucólico, é empolgante. Agudos e sintetizadores agora são mais frequemtes e nem por isso chatos. Ponto alto da banda. Destaque para a faixa "Lovers are Losing" (.3/5estrelasde5.).

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Desafiando Gigantes (Facing the Giants, 2006)


O que fazer quando tudo ao seu redor desmorona? Quando problemas parecem ser mais comuns do que se imagina e os desastres sobrepõe os momentos de felicidade? Das duas uma: ou cavar cada vez mais fundo o buraco onde se encontra, ou entregar o coração e a alma à Deus e esperar pelo o que vier. Desafiando Gigantes mostra o que pode acontecer caso a segunda opção seja a escolhida. Com um roteiro fraco, péssimas atuações e um diretor que beira ao amador, o filme consegue tocar fundo telespectadores passivos, com situações que espelham (de forma demasiada irreal) uma vida cotidiana e que poderia acontecer com qualquer um.

SINOPSE: Em seis anos à frente do time de futebol americano Shiloh Eagles, o treinador Grant Taylor nunca levou sua equipe às finais. O fracasso invade sua casa, quando descobre que não pode ter filhos com a esposa. Ao mesmo tempo, Grant descobre que pode ser demitido. É quando ele ora a Deus e recebe a mensagem de um visitante inesperado. Nesse instante, o treinador irá desafiar tudo e todos, a fim de provar que Deus lhe deu coragem e força para vencer.


Alex Kendrick é o nome maior do filme. É ele quem dirigiu e escreveu o longa, atua como protagonista e ainda de quebra é diretor de elenco. Multiuso? Que nada. Kendrick é o responsável por transformar um filme grandioso e lindo em um desastre cinematográfico, repleto de erros e de defeitos que denigrem a imagem de um ótimo filme aos mais avisados.


Sendo um filme abertamente evangélico, o roteiro prega o que a devoção ao senhor divino pode fazer em nossas vidas. Isso posto no dia-a-dia foi de uma grandeza enorme e emocionante, entretanto, as falas são feitas e repetidas constantemente, o que torna falso e soa enjoativo. É idêntico as falas de um pastor lendo a bíblia e proclamando. O roteiro peca também na história demasiada previsiva. Tudo o que você pensa que vai acontecer, acontece, sem surpresas. Apesar de tudo isso, defino a história como empolgante e muito emocionante. Lágrimas escorrem nos primeiros momentos do filme. A força da proclamação no roteiro e as situações causam um calafrio surpreendente e é isso que faz o filme ficar ótimo.


Quanto as atuações, fracas, praticamente amadoras, mas mesmo assim conseguem passar a motivação do recado. Lembram aqueles “fatos reais” dos programas da emissora LURD? Pois é, idênticos. Na verdade o filme é uma superprodução seguindo o mesmo estereotipo. O protagonista, Kendrick, consegue passar tanta emoção como uma porta, e isso prejudica e muito o andar da carruagem.


Como diretor então nem se fala. As captações das câmeras de modo amplo, muito usada por iniciantes, acabam por estragar momentos emocionalmente proveitosos, uma pena, porque poderia dar muito certo caso fosse usado da forma adequada.


Agora, diga-se de passagem, outro grande acerto do “faz-tudo” no filme foi a trilha sonora. Recheada de hits do gospel contemporâneo são aplicados à medida certa nas cenas, algumas dando até impulsos contagiantes.


Assim, Desafiando Gigantes é um filme para a vida. Traz ensinamentos grandiosos e faz o coração chorar de uma forma surpreendente. É tocante e lindo. Ser uma péssima produção cinematográfica não o impede de passar a belíssima mensagem ao qual o filme se propõe. Esqueça dos defeitos e curta este que provavelmente será um filme inesquecível para a sua vida.
Nota : 7,5


Dica do post:
Se preparem que no próximo dia 29/10 (às 21hrs) será exibido simultâneamente na Holanda, Alemanha e Inglaterra, além de mais de 36 salas de cinema em 18 cidades brasileiras o documentário/show "Arctic Monkeys at Apollo", filme produzido durante um show realizado na última turnê dessa que é hoje uma das melhores bandas de rock alternativo. Não percam!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O letal vírus chamado “crise econômica norte-americana”.


O mês de setembro revelou ao mundo o que ninguém, muito menos a nação em questão, acreditaria acontecer de forma tão vertiginosa: uma grave crise econômica capaz de colocar um país do porte dos EUA em um precipício onde, caso não articule ações financeiras de forma inteligente e rápida, pode fazer com que tenha – em pouco tempo – uma queda catastrófica, não levando apenas ele, e sim uma grande parte da economia mundial.

Prever soluções ou apontar problemas é uma tarefa complicada para este tipo de crise, já que tudo não segue uma ordem, e depende de diversos fatores para que se tente amenizar a crise.

Mas o que levou a maior economia do mundo a chegar a este ponto no mercado financeiro mundial? Acredite, fatores há dezenas, mas os EUA, nos últimos anos, passou por um governo que se acomodou em comandar um país de ponta no mercado mundial. Assim, investimentos surreais – como em equipamentos “anti-ETs” na Nasa - e guerras sem fundamento (Iraque, por exemplo), trouxeram ao país o que se pode chamar de “surto” na economia: pensou-se haver um saldo e na verdade, existia outro bem diferente, o que causou o baque. Em véspera de eleições para troca de presidente, Bush entrega um governo defeituoso e que necessitará de uma reforma na economia urgente, assim que o novo presidente assumir as rédeas do país, o que também tem sido mais um problema, já que nem McCain nem Obama citam isso em seus discursos. O povo norte-americano, assim como o sir George W. Bush, é um povo acomodado, acostumados a um modo de vida que muita será afetado nos próximos anos, para que assim a economia possa se reerguer, e não passar isso à eles é um erro grotesco e que causará problemas no futuro.

A crise atual já se expandiu para quase todos os continentes do mundo, com exceção apenas da África e da Oceania, que não possuem um contato gigante com a economia norte-americana. De resto, a diminuição de importações, o alto preço de exportações - conseqüências que fazem qualquer inflação subir - , além do seguro que os países tem com os EUA, fizeram - de forma silenciosa - com que economias sofressem um frenessi negativo e que não foi interpretado como culpa da crise por muitos países, incluso o Brasil.

Por aqui, Lula dizia sorrindo que a crise não afetará muito a economia de nosso país. Errado. Somos muito dependentes dos EUA, acreditem. São eles que exportam uma quantidade absurda de produtos de nossa nação, além de serem o apoio oficial de nossa economia. É para lá que Lula corre com uma crise aqui. Então, seja no Brasil, seja em qualquer país desenvolvido na Europa, não adianta se deliciar com a queda da economia americana, porque os maiores afetados (depois dos norte-americanos, claro) seremos nós.
Porque podem falar o que quiser, chamar o país de imperialista ou capitalista, mas somos (digo em nome do mundo) atualmente dependentes de uma potencia mundial com as características dos EUA. Essa crise, apesar de grande e assustadora, certamente será contornada com empréstimos em cima de empréstimos, assim como sempre aconteceu, contudo, que nossos líderes fiquem alertas e rezem para que aquele país não afunde, pois caso isso aconteça, a vala não será preenchida apenas por ele.
Dica do Post:
O que dizer quando uma das mais lindas vozes da atualidade se encontra com um dos caras mais inteligentes do atual cenário musical? Alicia Keys e Jack White lançam o single que guiará a trilha sonora do novo filme de James Bond, "007 - Quantum of Solace". Intitulada de "Another Way to Die", a música traz um mistura carismática do Blues com o Rock, passando pelo Rythin n' Blues. Bem diferente - mas nem por isso melhor - do single feito no último filme pelo cantor Chris Cornell, que elevou a máxima potência a trilha do filme com a ótima "You Know My Name". Confiram os dois videos e aguardem o lançamento do filme, marcado para 2 de novembro.
*links dos videos nas músicas.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Justiça bloqueada pela morosidade.


10 anos, 8 meses e 11dias. E ainda nada de concreto para o sucesso de uma história triste e que acontece nos meandros de nosso país. Uma história frágil e que de tão mal cuidada por nossa justiça, torna-se cansativa para todos nós. Cansativa pelo ver acontecer, porque fome de justiça todos nós temos, e exigimos, afinal somos cidadãos. Por incrível que pareça, falo de um caso, mas que poderia acontecer com qualquer um de nós.

No dia 06 de janeiro de 1998, o que seria um dia de diversão acabou por se transformar em uma quase tragédia, devido à incompetência de terceiros. Nesse dia, a menina Flávia, até então com 10 anos, brincava na piscina de seu prédio quando o ralo da piscina sugou seus cabelos e a deixou em coma vigil até o presente momento. Assim, corre ainda em trâmite o processo contra o condomínio do prédio onde moravam, - Condomínio Edifício Jardim da Juriti -, contra a empresa fabricante do ralo - Jacuzzi do Brasil Indústria e Comércio Ltda - e contra a seguradora do condomínio - AGF Brasil Seguros S/A.

No último dia 15 de setembro houve um avanço no lerdo processo: finalmente chegou até o STJ e terá seu veredicto dado pelo Meritíssimo Ministro Carlos Fernando Mathias. A vitória, por si só, é certa, caso seja feito tudo na ordem natural e correta, pois já se passaram dez anos. Dez míseros anos para uma família inconformada com tamanha insensibilidade por parte dessas empresas e envergonhadas por presenciarem uma tão demorada justiça.

Possivelmente este ímpeto no andamento se deu pelo fato do caso voltar a tona na mídia, o que foi ótimo, pois colocar em cheque a justiça diante os olhos brasileiros ajuda muito neste caso.
No mais, espero que deste ano não passe a resolução deste caso. Como brasileiro envergonhado pela situação da justiça de meu país, espero que esta família seja beneficiada por todos este anos de perda, além de poderem buscar tratamento especial para a menina Flávia, sem preocupação financeira alguma. Eles merecem isso.

Um dedicado especial à mãe de Flávia, alguém que não apenas se tornou uma heroína pela sua filha, mas para todos nós, devido sua preocupação em nos alertar sobre o perigo dos ralos das piscinas, que custaram a continuidade lúcida de sua filha. Conheçam mais o andamento do caso pelo BLOG criado pela mãe de Flávia!

Dica do Post:

O caso apresentado, ou para ser mais exato, a luta por justiça pela mãe de Flávia me lembrou um ótimo filme antigo e que mostra que com coragem e força na luta, tudo de bom pode acontecer. Indico a quem não assistiu o ótimo Erin Brochovich - Uma Mulher de Talento, pelo diretor Steven Soderbergh, que vá na próxima locadora e alugue o filme que é sensacional.

Sinopse: A história de Erin Brockovich (Julia Roberts), uma mulher solteira, mãe de três filhos, que perde uma ação judicial e exige que o seu advogado a empregue em seu escritório. Organizando arquivos de um caso judicial, ela decide investigar o problema e acaba descobrindo que uma empresa vem contaminando as águas de uma pequena cidade, onde os moradores contraíram câncer. Erin, que antes estava sem perspectivas, vê sua vida mudar enquanto ajuda aos outros. Baseado em uma história verídica.

A luta de Erin emociona e faz valer cada minuto do longa. A atuação de Julia Roberts também faz jus ao Oscar de melhor atriz, ao qual ganhou pelo filme. Não percam!

Nota: 10,0

sábado, 13 de setembro de 2008

Virou Moda!

A influência da mídia televisiva perante a sociedade, sempre foi algo explícito e vantajoso, já que tirar proveito dessa característica nada mais é do que satisfatório para empresas e afins. “Marketing é o que há!”, como costumam dizer.
Mas e quando há um excesso de informações desnecessárias apenas para preencher o Ibope ou levantar o que já foi esquecido da mídia?

Há umas duas semanas, no programa da “jornalista” Sônia Abrão havia uma discussão sobre o antigo programa do Chaves, cujo manchete era assim: “Chaves: Boa ou Má influência para as nossas crianças?”. No programa havia um pseudo-psicólogo que esculachava o programa, com dizeres de que incitava violência e maus hábitos às crianças.

Francamente. Acredito que Chaves fez e ainda faz parte da infância de uma grande porcentagem da população e até onde sei, nunca houve quaisquer resquícios de atos como violência ou adesão à males - como o cigarro - exclusivamente devido ao programa. Pelo contrário, Chaves possui o que atualmente falta nos programas infantis: a leveza. É suave, os papos são inocentes e reais, como moleques se falam diariamente nas ruas. Sinceramente, não o vejo como uma má influência nem aqui nem na China - ao contrário do programa da Sônia Abrão, mas disso nem necessito comentar.

Isso é o que fazem na busca pela audiência: exercer uma influência grande sobre os telespectadores, mesmo não pensando nas conseqüências. Mas que tipo de conseqüência? Várias...até mudanças no seu modo de viver, como acontece as vezes com programas como Globo Reporter. Concordo que é um dos melhores do canal aberto, entretanto as vezes há matérias que beiram ao irreal, olhando a óptica de que quem assiste é determinado público. Certa vez uma nutricionista estava falando sobre os malefícios que o feijão pode causar (!!!). Eu fiquei embasbacado com a falta de noção da coitada.

Esquece-se ela que o feijão nada mais é que o alimento mais consumido pela população brasileira e que a quantidade de nutrientes presentes nele, o tornam um dos mais favoráveis a alimentação do ser humano. Citei o dito feijão por ser o que mais causou impacto, mas a lista de alimentos que consideramos saudáveis, e que nem são tão assim, era grande. Acho desnecessário tal tipo de matéria, mas é aquilo: a busca pela audiência é um fator em que limites não existem. Nem limites de integridade social, em que artistas fazem tudo pela fama.

Nesta semana, o cantor baiano Netinho, que fez muito sucesso na década de 90 - e hoje em dia está meio esquecido -, soltou que era bissexual. Bom, disso todos talvez desconfiassem, talvez pelo motivo das suas danças e afins, mas por qual motivo aparente o cara foi se assumir logo agora? Fico revoltado pelo cara ser pai, ter mais de um filho, já ter sido casado e coisa e tal e hoje soltar uma dessas como se fosse falar que tingiu o cabelo. Logicamente que a notícia virou manchete e deu um certo burburinho, mas até quando? Será que o sr. Netinho não pensou no futuro e nas conseqüências que tal revelação poderia trazer para a sua vida e para a sua carreira? Mas enfim, mesmo não tendo nada contra isso, acredito na felicidades, e se ele se sentiu mais feliz assim, esta valendo. Porém ainda credito ser um jogo de marketing pessoal pesado. Afinal, aparecer na mídia não tem preço.

Aliás, tem preço sim: a alienação de uma massa da sociedade guiada por conselhos e manchetes que beiram ao artificial. Não caiam nessa!

Dica do Post:

Estreou nesta sexta-feira em todo o Brasil, o fabuloso filme de Fernando Meirelles. "Ensaio sobre a cegueira". O filme "conta a história de uma inédita epidemia de cegueira, inexplicável, que se abate sobre uma cidade não identificada. Tal "cegueira branca" - assim chamada, pois as pessoas infectadas passam a ver apenas uma superfície leitosa - manifesta-se primeiramente em um homem no trânsito e, lentamente, espalha-se pelo país. Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos a meros seres lutando por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. À medida que os afetados pela epidemia são colocados em quarentena e os serviços do Estado começam a falhar, a trama segue a mulher de um médico, a única pessoa que não é afetada pela doença. O foco do filme, no entanto, não é desvendar a causa da doença ou sua cura, mas mostrar o desmoronar completo da sociedade que, perde tudo aquilo que considera civilizado. Ao mesmo tempo em que vemos o colapso da civilização, um grupo de internos tenta reencontrar a humanidade perdida. O brilho branco da cegueira ilumina as percepções das personagens principais, e a história torna-se não só um registro da sobrevivência física das multidões cegas, mas, também, dos seus mundos emocionais e da dignidade que tentam manter. Mais do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza novamente."*
Fernando Meirelles, neste filme, firma como um dos melhores diretores do cinema mundial e, assim, finca sua importância como brasileiro. O filme é repleto de estrelas, como Mark Ruffalo e Julianne More, e possui atuações extraordinárias e emocionantes, assim como é seu roteiro. O filme que abril o festival de Cannes neste ano (e que foi aplaudido em pé por 6 minutos), é um dos melhores do ano e sério candidato à varias estatuetas no Oscar. Não percam!
Nota: 9,5

*Descrição retirada do site Cinema com Rapadura.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Lula no país das maravilhas!

No discurso de inauguração de dois campos universitários em cidades nordestinas, o presidente Luis Inácio Lula da Silva proferiu comentários “inteligentíssimos” sobre assuntos como educação e esportes, além de alfinetar seus ministros.

Utilizando de palavras como “babacas” e “chatos”, o presidente criticou àqueles que são contra o PROUNI, já que esse programa, segundo Lula, é de uma genialidade suprema, beneficiando milhares de estudantes que até então nunca teriam oportunidade de ingressar em uma faculdade. Criticou também os estudantes que são contra a ampliação de vagas nas universidades federais brasileiras, além das cotas. Segundo o presidente, ele não discrimina ninguém (apenas são babacas né?), mas não abrira mão de ajudar àqueles que necessitam por um ou outro afortunado revoltado.

Continuando, Lula disse que investirá mais de 41 bilhões de reais para as áreas voltadas à Ciência e a Tecnologia, além de investir pesado na criação de cursos técnicos voltados à comunidade. Alfinetando Guido Mantega, a seleção brasileira de futebol masculino e o fracasso brasileiro nas Olimpíadas, Lula em menos de 3 horas de discurso criticou mais do que falou (e fez).

Eu achei tudo muito irônico, Lula mais uma vez falando o que não entendeu. Vamos por partes esclarecendo nosso senhor presidente da república: Concordo que o PROUNI é o melhor programa de seu governo. E era mais do que merecido também, já que de acordo com a constituição Todos Nós Cidadãos Brasileiros temos direito à Educação, e merecidamente Lula deu o primeiro passo importante para a realização dessa ordem. No entanto, com a criação das cotas para negros, pardos, índios e estudantes de escolas públicas, o presidente atrasou ainda mais a educação em si de nosso país. Com a medida, formará nada mais do que estudantes leigos em suas profissões, isso se formarem. Além do mais, o custo benefício de se viver em uma universidade federal não é nada barato, mesmo com o auxílio de bolsas e tudo o mais, ainda assim alunos passariam dificuldades, porque nosso presidente apenas criou as cotas sem pensar no pós, ou seja, na vida do estudante cotista na universidade. Ressalto que não generalizo o coeficiente dos cotistas, porém o encanto de que a universidade federal possui os melhores estudantes do país, foi por água abaixo com a criação das cotas. Então, a burrada já foi feita, e não é porque há estudantes que entraram sem cotas que os mesmo serão oriundos de escolas particulares, é muito relativo. A revolta é porque nós, pensantes, enxergamos a sujeira enquanto tentam joga-la para debaixo do tapete.

Mas enfim, vimos também que houve mais noticias boas: até que enfim o presidente enxergou que de fato os cursos técnicos são uma ótima oportunidade de vida para vários brasileiros. Com a programação de reviravolta na educação toda errada, nosso presidente acabou por superlotar diversos campos de trabalho enquanto há uma ausência significativa em outras áreas, como é o caso das indústrias e afins. Com um investimento assim, Lula conseguirá (caso faça certo) equilibrar a quantidade de empregos e formar profissionais qualificados para um Brasil em crescimento.

É lógico que na balança de um discurso lulista, as bobagens sobrepõe às boas sacadas. Acho engraçadas as suas contradições. Lula adora criticar entidades, times no esporte e até seu ministro, mas utilizando da fé-marrom, diz que “não tem inimigos para ter um lugar no céu”, algo que a professora do maternal do filho dele deve provavelmente ter dito certa vez e que ficou martelando até hoje em sua mente. Lamentável. Mais lamentável ainda são suas ironias referente aos nossos esportistas que não brilharam tanto quanto nosso Brasil merecia. Concordo que fomos um fiasco, mas nosso presidente deveria ser o último a criticá-los, principalmente por comandar um país onde o investimento em esportes é pífio, além de ter uma mente direcionada à um, dois ou três esportes, esquecendo que há várias modalidades nas Olimpíadas e que estes atletas precisam de boas condições para treinar. Boas condições que digo é uma quadra decente, instrumentos e profissionais capacitados e coisas do tipo. Ao invés de começar a babaquice, faça primeiro para depois falar presidente. Enfim, isso porque Lula não tem inimigos, rs. Acorda Alice!

Dica do Post:

Para variar, o novo álbum oficial do Metallica vazou antes da hora. O lançamento do ótimo "Death Magnetic" estava previsto para o próximo dia 12 de setembro, contudo já está na web para a nossa sorte. O grupo metaleiro - que surpreendeu com um belo acústico no começo deste ano-, lança o álbum sem a pretenção de não mudarem. "Death Magnetic" remete ao antigo Metallica, aquele que estorou na década de 80 e os transformou nos principais da categoria. O álbum possui o peso de "...And Justice for All" e a inteligência do clássico "Master of the Puppets". Um dos melhores do ano, na minha opinião. Ponto alto do disco: "The Day That Never Comes".

.(.4/5 estrelas de 5.).



domingo, 31 de agosto de 2008

A tentativa de boicotar o nosso poder.

Na TV Senado da última quinta, em uma discussão, certo deputado PMDBista criticou a AMB por divulgar uma lista contendo o nome de todos os ex-prefeitos e ex-vices que estão sendo processados por estarem envolvidos em algum tipo de esquema de corrupção. A lista contém nomes de peso como Marta Suplicy e Paulo Maluf.

Infelizmente o deputado que criticou a divulgação dessa lista não teve o nome na legenda, uma pena, porque seria mais um que entraria para a lista negra desse blog. Segundo o próprio, tal lista poderia ser extremamente injusta, já que o processo não teria sido terminado, declarado culpado ou inocente. Isso é de uma comédia sem tamanho não acham? Se este caro deputado nunca ouviu aquele ditado “onde há fumaça há fogo” e se ele também se esquecer de que vive no Brasil, ainda assim poderíamos dar uma folga a barbaridade desta crítica dele, mas caso não, poupe-nos, ninguém merece ficar ouvindo um senhor – que por si só já não deve ter um bom histórico, percebe-se - que não está diante de uma eleição, com o poder de decidir o que viria a ser um futuro de 4 anos para uma cidade. Penso que todos nós, cidadãos, devemos sim ter utensílios que nos ajudem a combater aquele que é câncer maior de nossa nação: a corrupção.

A lista já está sendo divulgada na internet e não é muito difícil de acha-la, mas pode melhorar. Ao invés de apenas ser uma lista com nomes dos possíveis corruptos das principais capitais brasileiras, que se faça um estudo maior e divulgue os políticos de todas as capitais. E outra: vamos tentar não manter isso apenas na internet. Na base da sociedade brasileira, muitos não tem acesso à internet, e como são eles a maioria dos eleitores seria viável que indicadores de políticos bons e ruins chegassem à suas mãos, para que a visão de que político é tudo ladrão, ou o que presta é aquele que rouba mas faz, saia da mente dessas pessoas. Aplaudo a decisão da AMB em divulgar esta lista, mas ainda pode melhorar. Vamos esperar...

A LISTA:

Candidato

Partido

Estado

Ação

Amazonino Armando Mendes

PTB

Amazonas

AÇÃO PENAL Nº 2007.32.00.007742-0, 2ª VARA DA JUSTIÇA FEDERAL DE MANAUS, CRIMES DA LEI DE LICITAÇÕES /CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL/CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA.

Maria Dalva De Souza Figueiredo

PT

Amapa

AÇÃO PENAL Nº 491, Supremo Tribunal Federal, CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA/FALSIDADE IDEOLÓGICA/CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL/PREVARICAÇÃO.

Sérgio Braga Barbosa

PPS

Ceará

AÇÃO PENAL Nº 2000.81.00034025-2, 11ª VARA FEDERAL DE FORTALEZA, CRIMES CONTRA FÉ PÚBLICA/FALSIDADE IDEOLÓGICA/USO DE DOCUMENTO FALSO.

Iris Rezende Machado

PMDB

Goiás

AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 200600459998 – 1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE GOIÁS – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.

Pitágoras Lincoln de Matos

Democratas

Minas Gerais

AÇÃO PENAL Nº 002401605698-8, 4ª VARA CRIMINAL DE BELO HORIZONTE, ABUSO DE AUTORIDADE.

Jorge Carlos Mesquita

PSL

Pará

AÇÃO PENAL Nº 2000.2.007274-8, 12ª VARA CRIMINAL DE BELÉM, CRIME CONTRA A PESSOA/LESÃO CORPORAL/CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO/DANO.

Leila Márcia Silva Santos

Frente Belém Popular

Pará

AÇÃO PENAL Nº 2001.39.00.005470-5, 3ª VARA FEDERAL DE BELÉM, CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO/DANO/CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/DESACATO/CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL/SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO.

Marinor Jorge Brito

PSOL

Pará

AÇÃO PENAL Nº 1996.2.010154-5, 12ª VARA CRIMINAL DE BELÉM, CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO/DANO/INCITAÇÃO AO CRIME.

Hamilton Nobre Casara

PSDB

Rondônia

AÇÃO CIVIL DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Nº 2006.41.00.004196-0, 1ª VARA FEDERAL DE PORTO VELHO, REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO.

Lindomar Barbosa Alves

PV

Rondônia

AÇÃO PENAL Nº 462, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO.

Maria Suely Silva Campos

Boa Vista de Todos Nós

Roraima

AÇÃO PENAL Nº 2008.42.00.000608-0, CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/PECULATO

Aline Corrêa de Oliveira Andrade

PP

São Paulo

AÇÃO PENAL Nº 473, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA/QUADRILHA OU BANDO/CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA/FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO/ CRIMES DE OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS OU VALORES.

Marta Suplicy

PT

São Paulo

AÇÃO PENAL 050.05.029363-0/00 – FÓRUM CENTRAL DA BARRA FUNDA (SP) - 10ª VARA CRIMINAL/ AÇÃO PENAL 455 – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CRIMES DA LEI DE LICITAÇÕES

Paulo Salim Maluf

PP

São Paulo

AÇÃO PENAL Nº 458 – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CRIME DE RESPONSABILIDADE.

AÇÃO PENAL Nº 461 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA/QUADRILHA OU BANDO/CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL/ CRIMES DE OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS OU VALORES.

AÇÃO PENAL Nº 477 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL.

AÇÃO PENAL Nº 483 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CRIMES CONTRA O SITEMA FINANCEIRO NACIONAL.

AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Nº 583532002023719, FÓRUM FAZENDA PÚBLICA (TJ-SP) (SEGREDO DE JUSTIÇA).

AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Nº 5835320010119506 - 14ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE SÃO PAULO (SP).

AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Nº 583532000178798 - 6ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE SÃO PAULO (SP).

OBS: O SISTEMA DE BUSCA PROCESSUAL DA PÁGINA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO NA INTERNET NÃO OFERECE A POSSIBILIDADE DE FAZER LINKS PARA AS AÇÕES. PARA CONSULTÁ-LAS, ACESSE WWW.TJ.SP.GOV.BR

Raul de Jesus Lutosa Filho

PT/Força do Povo

Tocantins

AÇÃO PENAL 2007.01.00.011040-4, TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1ª REGIÃO - CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA


Dica do Post:
No meio da informação diária e rápida, álbuns e filmes tem lançamento quase todos os dias, e são raros os que valem a pena passar à vocês. Porém, tem lançamentos que de primeira audição ou visão não soam bem, mas com o tempo as qualidades vão sendo aos poucos demostradas. Indicarei 5 álbuns que ouvi muito nestes últimos tempos e que no lançamento torci o nariz.

The Killers - Sam's Town:
Na época do lançamento, o excesso de sintetizadores e a mixagem extremamente alta me fizeram deixa-lo de lado. Escutando durante um tempo, percebe-se uns belos agudos de Brandon Flowers e montagens junto à corais gospel que fazem uma diferença. Melhores faixas: Read My Mind, The Bones e This River is Wild.(.3estrelasde5.)

Audioslave - Revelations: Depois de 2 álbuns fantásticos, a espera pelo terceiro seria grande, ainda mais devido as especulações - certeiras, diga-se de passagem- sobre o fim da banda. O resultado foi um álbum possivelmente feito as pressas e entregue à gravadora. Mas com uma profunda audição não é tudo isso não. Só a junção de Cornell com Morello já é um ponto, e as músicas estão com um carater mais pop, com levadas de funk, o que não é defeito. Chris Cornell tem seus momentos de Coverdalle e isso garante peso profundo nas músicas. As Melhores faixas: Original Fire, Shape of Things to Come e Wide Awake.(.4estrelasde5.)
Coldplay - Vila la Vida or...: este álbum ainda consegue ser melhor do que o X&Y, ao qual consigo apenas escutar apenas uma meia hora no máximo. Ainda não possui a qualidade dos 2 primeiros da banda, mas as letras e o carater melancólico de algumas faixas nos trazem momentos gostosos, nada demais, mas vale a pena escuta-lo as vezes. As Melhores Faixas: Violet Hill, Viva la Vida e Cemeteries of London.(.3/5estrelasde5.)
Bruce Springteen - Magic: Deste já até falei mal, coisa que não me perdôo, por ser um álbum fantástico. Na minha opinião, Bruce tinha uma das mais belas vozes da década de 80 e com Magic percebemos duas coisas no cantor que é super necessário nesta nova era da música: o talento depois de tantos anos continua visível e a inteligencia em sair do rock e fazer uma investida no Folk e no Country foram de grande acerto. A homenagem ao amigo Johnny Cash é bem feita e deliciosa de se ouvir. As Melhores Faixas: Radio Nowhere, Long Walk Home e Last to Die. (.4/5estrelasde5.)
The Killers - Sawdust: Pelo visto com os Killers precisa ter uma certa paciência para ver qualidade em seus álbuns. Enfim, Sawdust foi uma compilação de lados b's e Bônus que ficaram de fora dos dois álbuns oficiais. Não é mesmo um álbuns glorioso, mas tem seus pontos altos, como faixas com participações especiais e covers que ficaram bem legais. As Melhores Faixas: Tranquilize, Shadowplay e Move Away. (.3estrelasde5.)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Desculpas e Dicas aos leitores:


Então galera, antes de seguir com o assunto do post, gostaria de pedir desculpas pela ausência no blog. É que atualmente estou sem pc, e misturado a correria do dia-a-dia, ando sem tempo de parar e escrever com atenção. Mas abaixo trago dois posts novinhos para vocês. Realmente espero que gostem. Grande abraço e sinceros perdões.
.Diego Moretto.

Trago também à vocês leitores, um tipo de campanha que peguei por alto mas que possui uma força e uma ideologia divinas, buscando através da informação e da educação, a melhor forma de se encontrar uma liberdade de expressão, que foi inibida por certas podridões nas festas raves.

As concentrações de músicas eletrônicas em grandes fazendas ou campos, foi popularizada como ambientes onde a droga e a libertinagem correm soltas. Quem freqüenta sabe que não é bem por aí. Como sempre, todos pagam pelos erros de alguns. E assim, a melhor forma que as inteligentes autoridades de nosso país encontram para banir os problemas dessas festas, é banindo-as. Por isso que as atitudes devem vir de nós: Use as raves, as batidas eletrônicas como meio de fuga da realidade ruim que nos cerca. Tenha um contato gostoso com o meio bonito onde costuma acontecer essas festas. Ria. Pule. Dance. Divirta-se sozinho ou com seus amigos. Acredite, não há nada melhor do que um relaxamento como esses. Tudo limpo e de forma civilizada, para que os outros não paguem pelos seus erros.

Movimento Pela Liberdade (SITE):

Dica do Post:

Assistam ao Video do Movimento Pela Liberdade. Vejam e ouçam com atenção, a sociedade precisa de vez em quando de uma injeção dessas:

<http://br.youtube.com/watch?v=ZXjAPgieSrc>


Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight / Batman Begins 2, 2008)

Baseada em um clássico dos gibis (se não for “o” clássico), essa seqüência do herói morcego, nada mais é do que um dos melhores filmes de ação já feitos nos últimos tempos, não perdendo em muita coisa para oscarizados que possam vir em sua mente.

Sinopse: Após "Batman Begins", o Homem-Morcego retorna nessa seqüencia intitulada "O Cavaleiro das Trevas". Vale lembrar que nos quadrinhos, “O Cavaleiro das Trevas” é o nome da minissérie mais cultuada do personagem e um dos melhores gibis de todos os tempos. Um trabalho soturno e denso de Frank Miller que apresenta o herói no auge dos sessenta anos de idade, que resolve voltar à ativa após um longo período afastado do combate ao crime, porém, ele tem que encarar uma realidade bem diferente da que ele vivia antes, onde os heróis eram vistos como algo benéfico aos cidadãos de Gotham City. No filme, após dois anos desde o surgimento do Batman (Christian Bale), os criminosos de Gothn City têm muito o que temer. Com a ajuda do tenente James Gordon (Gary Oldman) e do promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart), Batman luta contra o crime organizado comandado pelo Coringa (Heath Ledger). Na direção de “The Dark Knight” está Christopher Nolan e o roteiro foi escrito por seu irmão, Jonathan Nolan, baseado na trama criado pelo próprio Christopher e David Goyer (roteiristas de “Batman Begins”). No elenco estão Christian Bale (“O Operário”) como Bruce Wayne/Batman; Michael Caine (“Regras da Vida”) como o mordomo Alfred; e Morgan Freeman (“Menina de Ouro”) como o funcionário das Indústrias Wayne, Lucius Fox. O tão cobiçado papel do Coringa ficou com Heath Ledger ("O Segredo de Brokeback Mountain"), que faleceu pouco depois das filmagens.

Podemos começar falando dos ótimos efeitos de som e imagem. O filme tem os maiores padrões de som já sentidos nas telas, nada diferente da tecnologia usada nas megas produções de atualmente, mas o uso é a favor do bom senso, nada demais. As locações misturadas às edições de imagem nos entregam uma Gothan City sombria, com uma beleza que necessita a ser descoberta pela bondade. Utilizando captações magníficas de câmeras, o tom cinza/marrom de “Batman Begins” se torna menor, o que é um ponto positivo, sem perder os calafrios de imagem que a produção tinha de remeter ao telespectador. Com isso, somos presenteados com uma bela fotografia, e que surpreende.

Aliás, é melhor logo aclamar o diretor Christopher Nolan. O trabalho nesse filme foi de um profissionalismo e exigência impecáveis. O diretor foi competente na adaptação, no jogo de câmeras, na realidade do filme, do trabalho com os personagens, tudo isso, que fez o filme ser o melhor já feito na categoria. O roteiro – trabalhado junto ao seu irmão – foi feito com uma relevância real bem superior, o que tirou toda a infantilidade que um herói de capa e mascara poderia proporcionar, e que acabou por condenar os antigos longas do herói-morcego – em exceto o anterior “begins”.

Batman - O Cavaleiro das Trevas possui um elenco de estrelas que varia do ótimo para o excelente, possuindo assim uma medula que faz toda diferença. Não é um filme de atores, mas são eles que o tornam marcado na história. Gary Olman ganha um espaço maior na trama como o tenente James Gordon e o faz muito bem, incitando uma emotividade em certas cenas que funcionaram dignamente. É o que acontece também com o galante Aaron Eckhart, que vive o famoso Duas Caras Harvey Dent, e que tem em seu papel a difícil missão de mostrar ao publico o árduo processo que foi transforma-lo em um vilão. Maggie Gyllenhaal substitui divinamente Katie Holmes, e salva o papel que Holmes havia interpretado com tamanha falta de originalismo. Mas não é nada excepcional, mesmo sendo de tamanho padrão de eficiência.

Agora se tratando de um protagonista como Batman, é injusto dizer que Christian Bale fez um papel apenas competente. Comparado ao anterior, Bale fez um bom uso do costume que pegou como o herói, ou seja, encarnar mesmo: as frustrações, o ódio intrínseco, a bondade aflorada, a crueldade com os que merecem, além do solitarismo e da paixão não correspondida. Tudo isso, trabalhado de uma forma sem parecer, em nenhum momento, exagerado. Até as cenas de ação, que no filme anterior não foram tão bem conduzidas pelo ator, são feitas de forma explicitamente competente.

Mas, o mérito, curiosamente vai para Heather Ledger. Se a performance do Coringa por Jack Nickolson já havia sido elogiada no passado, o que dizer com uma atuação que a coloca no chinelo? Ledger não parece um personagem, e isso, acreditem, assusta e muito. Os maneirismos, os olhares, o modo de andar, de falar, de agir. O sorriso falso, a risada irônica, a loucura vigente e o poder de ser um vilão de mão cheia, são artifícios montados pelo ator para incorporar este que é sem dúvida um dos piores vilões do cinema recente, superando até o (agora, quase) insuperável Anton Chigurh, vivido por Javier Barden no ótimo Onde Os Fracos Não Tem Vez - 2007. O fato do recente falecimento do ator torna tudo mais macabro ainda, o que é uma pena, porque esta atuação renderia-lhe um Oscar fácil fácil. É o melhor papel da carreira de Ledger, e o melhor vilão de HQs já feito no cinema. Acha que é pouca coisa?

Realismo! Essa é a palavra que define Batman - O Cavaleiro das Trevas. Nolan fez um excelente filme. Alguns acharam demasiado longo, mas a história da trama é totalmente redonda, sem furos e sem cenas desnecessárias, ale´m de ser do tipo que prende. Os erros são tão rasos que nem merecem ser apontados, até porque não atrapalham o filme. Curiosamente este Batman se tornou clássico, não o filme na sequencia, mas de forma geral. Batman - O Cavaleiro das Trevas é, sem dúvida, um clássico na história do cinema.

NOTA: 10.0

Dica do Post:

Confirmados os shows da Madonna no Brasil. Aproveito então para comentar qualidades em cds pops comerciais, algo que me pediram há algum tempo e não escrevi nada relacionado. Segue então a dica de 3 recentes álbuns de música pop de uma qualidade fora do comum. São eles:

Britney Spears - Blackout (.3 estrelas de 5.)

Madonna - Hardy Candy (.2/5 estrelas de 5.)

Rihana - Good Girl Gone Bad (.3 estrelas de 5.)

Recomendação: Aumente o som no máximo que puder e divirta-se.

A Irritante Generalização das Profissões


É zapeando dentre a programação televisiva, que encontramos pérolas como o programa SuperPop. O programa é bem popularzão mesmo, mas me interessei estes dias por uma discussão quente que houve por lá:

No caso, atrizes pornôs se diziam inconformadas pelo fato de as discriminarem por não serem propriamente atrizes. E era revolta mesmo, pois elas batiam o pé defendo que o que elas faziam era tão profissional quanto a atuação de uma atriz de teatro ou de novela.

Convenhamos que não é de forma alguma. A profissão de atriz (ou ator) é de uma seriedade absurda, precisando sim de preparação, árduo trabalho e um profissionalismo que exige eficácia sublime, caso contrário é marcado ao precipício e o esquecimento. Sinceramente não vejo um trabalho pornô como uma profissão, no sentido literal da palavra. Sei que há um imenso dinheiro envolvido, que não é um trabalho fácil e nem sempre é prazeroso, mas partir daí e criticar quem não aceita que sua profissão (com carteira de profissional vigente por lei) seja rebaixada a tal ato, é pretensão demais.

A mesma coisa acontece com as modelos, que são obrigadas a serem comparadas com as pseudocelebridades, que por não ter talento artístico vigente e apenas um rosto bonito, são taxadas de ‘modelos’. É triste, mas é a realidade. E também há setores fora da mídia que generalizam muito certas profissões. A exemplo de guardas, doutores (os que realmente podem usar este pré-nome) e várias outras.

No caso apresentado no Superpop, há até processo envolvido. O assunto é sério, não é nada absurdo, mas irrita, principalmente quem é da profissão. Todo tipo de generalização é ruim, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Não baguncemos, por favor.

Dica do Post:

Foi lançado pela primeira vez em dvd um longa que considero uma obra-prima do drama-moderno. Interpretado divinamente pela bela Angelina Jolia, "Gia" narra a ascensão e queda de uma das principais modelos da década de 80. Gia Marie Carangi foi uma das mais requisitadas modelos da época, sendo constantemente capa da Vogue Paris/EUA além de trabalhar com competentes estilistas como Dior e Versace. O filme conta de forma dramatica o declínio de uma promissora carreira, devido o vício com substancias como a heroína e a cocaína. Gia, além de ter sido a modelo mais bem paga do mundo na década de 80, também foi a primeira mulher famosa a morrer vítima do HIV. O filme é maravilhoso, corram e aluguem!

Nota: 9,5

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Infelicidade pelo divino.


Por parte das civilizações, analisando de uma forma ampla e geral, o respeito com as religiões sempre foi mútuo – é lógico se tratando a partir do século XX. A opção de cada um em seguir um preceito religioso sempre foi de livre arbítrio e sem contestação alguma, pois o que move mesmo uma fé é o respeito e a generosidade com o próximo. Atualmente é visível que a religião serve como ponto de escape aos problemas sociais que nos rodeiam. Não exclusivamente, lógico, mas a fé faz com que milhões e milhões se movimentem em busca de uma paz espiritual e de palavras que confortem uma vida atormentada. Assim, a religião se torna um propulsor de bondade nesse mundo, o que torna o convívio bem mais fácil.

Mas as chamadas religiões abrâmicas (cristianismo, islamismo e judaísmo), e que possuem maioria no mundo, possuem dogmas que visto a época em que estamos, é total descabível, já que fogem do padrão “seja um ser humano feliz”. Falo do preconceito contra os homossexuais, que são recriminados pelas religiões. A condenação é total e em alguns casos, há ainda o risco de sessões de terapia com lavagem cerebral e cura, como se homossexualismo fosse doença.

É lógico que há particularidades em todas as religiões, mas é de total afronta que não reconheçam que a prática homossexual já vem antes de Cristo, e que isso é uma prova irrefutável. Ao meu ver, é um sentimento que vem da pessoa e não uma opção casual de uma vida parada. Aliás, as explicações para quem é gay ou lésbica há de monte... uma mais estapafúrdia que a outra. Quando que vão cair em si que isso não é doença? Que na verdade, é praticada há milhares e milhares de anos? Que há religiões que idolatram o homossexualismo por seus deuses possuírem visíveis tendências homossexuais? E que nessas relações, há sim o sentimento mais belo e verdadeiro desse mundo, que é o amor. Será isso de total insignificância?

Reprimir é tão banal e nem de longe funciona. Chega a ser o cúmulo do ridículo a Igreja Católica condenar a prática entre duas pessoas do mesmo sexo, sendo que a lista de padres gays e pedófilos é tão extensa quanto a falta de senso comum dessa comunidade. Na Bíblia e no AlCorão dizem claramente que a pratica homossexual é pecaminosa e errada, o que não é mesmo. Assim como há homens e mulheres héteros e que nem por isso são comportados sexualmente, há também gays. Isso não é de escolha de carne, e sim do que vem do coração. Pode parecer piegas, mas o que nos move com audácia e coragem é o amor. E isso há de mais em qualquer tipo de relação sincera. Por isso atualmente, é visível que muitas religiões estão perdendo fiéis pelo fato de não possuírem uma abertura humana para novos (já velhos) conceitos de paixão.

Assim, não deixa a Bíblia contraditória, já que nela é descrito como regra divina de humanidade, em que todos são iguais à todos e, por outro lado, há a condenação e o choro com frases do tipo “Quando um homem se deita com um homem como se deita com mulher, o que ambos fizeram é uma abominação; serão mortos, o sangue deles recai sobre eles”.

Esses dogmas são ultrapassados e as vezes somos obrigados a rir de tamanhas loucuras que a Igreja Católica insiste em falar. Falo da Igreja Católica que é a que mais tenho contato. Condenações e sugestões vem de toda parte, mas ninguém chega até a pessoa e pergunta se anda tudo bem, apresentando soluções para que eles chamam de “errado”. Ninguém faz isso, apenas condenam, pois é mais fácil.

E assim continuamos a aceitar e conviver com esse preconceito burro, ao invés de enfrentarmos tudo de frente. Mas enfim, penso que o amor, não importa o modo praticado, é para ser vivido e de forma bela. O que importa na religião é o que está dentro do coração e da mente. O que te levará há algum lugar melhor não é se privar de amar não, são atitudes do dia-a-dia. Penso que ainda há uma ponte enorme e fervente para os homossexuais atravessarem e serem feliz sem preconceito, no entanto, o botão do disconfiômetro crente já deveria ter sido ligado há muito tempo.

Dica do Post:

Aproveitando o tema "homossexualismo" do post, indico-lhes um livro maravilhoso e 3 filmes diferentes mas que tratam do mesmo assunto de forma fabulosa:

Livro: O Terceiro Travesseiro - Nelson Luiz de Carvalho. (Nota: 8.0)

Filmes:
"Bubble" por Eytan Fox (9.0).
"Má educação" por Pedro Almodóvar (9.6).
"Shortbus" por John Cameron Mitchell (8.5).

quarta-feira, 25 de junho de 2008

O avanço que atrasa.

Há um mês, jornais e revistas – além é claro da TV -, noticia a novela do casal de sargentos gays que estão sendo punidos devido algumas causas ao qual, segundo o exército brasileiro, entram em desacordo com as ordens do sistema das Forças Armadas do Brasil. Se não me engano, há uma acusação grave de deserção, o que culminaria em prisão, como previsto em lei e tudo o mais. Entretanto, pelo o que parece, o exercito esta aumentando a penalidade pelo simples fato do casal de sargentos terem assumido a sua homossexualidade em público, com entrevistas e tudo o mais.

Acredito que não. Já acompanho este caso há um certo tempo, e está parecidíssimo com uma novela, em que as vítimas são o dois sargentos e o bandido é o exercito brasileiro.

Sinceramente, pelo o que me consta, assumir o caso de ambos parece um ponto de escape pela punição que já estava por vir antes de todo o acontecido. E como a imprensa é total maleável, usa-la para colocar bandidos e mocinhos em uma história real é um negócio em tanto.

As pessoas, antes de julgar, devem ter noção de que antes de tudo, eles são sargentos, pessoas que sabem quais são as regras de um quartel e quais são as punições por quebra-las. Se realmente o júri estiver pegando pesado devido ao perconceito, é lógico que deve ser apurado com rigor e punido, porque isso seria vergonhoso. Agora usar da imprensa, da ilusão da população e de comunidades GLSs do Brasil para promover e tentar se livrar de um culpa que possui castigo, acho total vergonhoso.

Aplaudo ambos por terem se assumidos. Os brasileiros já passaram da hora de encarar os homossexuais com normalidade. Apesar de não ser o que desejo discutir aqui, me recuso a discutir sobre qualquer forma de preconceito, ainda mais se tratando de homossexuais, que acho de pura ignorância alguem não os aceitar.

Finalizando, para mim é mais um foco da mídia, já que o caso da menina Isabella Nardoni já estava saturado. As falas se repetem a cada reportagem. Choros. Reclamações. Esperemos enquanto assistimos do camarote de nossas poltronas. Pipoca?


Dica do Post:

Como não andam lançando nada de fabuloso para que eu recomende à vocês, indico o filme da imagem deste post, chama Delicada Relação, que trata da história de dois soldados homossexuais que tem de conviver com a mentira, com as mortes e com a dor de amar sem ser abertamente no meio de uma guerra triste. Ouvi muitos dizerem o contrário, mas achei o filme de uma realidade surpreendente e uma história que emociona muito. O filme é israelense, então vocês já podem imaginar que alvoroço causou no lançamento e divulgação. Colocando nota > 9.0
Também indico-lhes um dos álbuns que com certeza estará entre meus 10+ do final no ano: Attack & Release, dos Black Keys. Utilizando de uma mistura entre o folk e o blues com apenas uma guitarra, uma voz e uma bateria, tornando-se um delicioso rock alternativo, a dupla investe na força das letras e nos presenteia com um álbum fenomenal. Aproveitem e meu destaque vai para a última faixa.> .5estrelasde5.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Elas.


Com o recente lançamento do novo álbum da Alanis Morissete (Flavors Of Entanglement), comprovou-se que as mulheres dominam o mercado musical com uma facilidade incrível. E em todos gêneros.

Esse ano demonstrou-se então uma abertura incrível às vozes femininas. Alicia Keys abriu o ano com um álbum fantástico (As I am), de volta às raízes do soul, tecendo uma voz suave em um repertório que beira ao fantástico.

Enquanto isso, logo depois, cai na internet o novíssimo álbum do Portishead, com Beth Gibbons arrebentando nos vocais e trazendo um sossego inquieto aos nossos ouvidos.

Na Inglaterra, uma inglesinha aos moldes Barbie, surge com um estrondoso trabalho e uma voz exclusiva: Amy Duffy coloca em Rockferry tudo aquilo que nós, amantes de músicas de qualidade, necessitamos ouvir nas paradas de sucesso sem torcer o nariz.

No campo indie, em 2008 fomos premiados com um dos álbuns mais fantásticos da Chan Marshall com sua Cat Power (Jukebox), além do ótimo Seventh Three do GoldFrapp.

Aqui no Brasil, Ana Carolina se firma como uma das maiores intérpretes com o lançamento do dvd 2Quartos, com composições arriscadas para as audições brasileiras, mas que por causa disso merece reconhecimento. E Adriana Calcanhoto lança ums dos melhores álbuns de sua carreira (se não for o melhor), intitulado Maré. Ainda há a revelaçãozinha (já gasta) Mallu Magalhães, que surpreendeu, mas já enjoou.

E agora mais para o final deste primeiro semestre de 08, tivemos material novo da Joans (Joan as Police Woman) – fantástico por sinal - e como já dito, o da Alanis. Nas rádios, Madonna, Mariah, Rihanna, Britney e Colbie Caillat dominam. Dizem que esse momento é tudo conseqüência do fabuloso Back to Black da Amy Winehouse.. pode ser, e agradeço muito por isso. Mas sempre nos renderemos a divindades femininas na área da música. Então que venham muito mais veludo e suavidade nas canções, porque o ano apenas chegou a metade.

Dica do Post:
O post é sobre Elas, mas ELE é praticamente uma diva..e o melhor, é brasileiro: Ney Matogrosso, responsável por um dos melhores álbuns brasileiros já lançados nos últimos tempos. O perfeito "Inclássificáveis" abre como a canção imortalizada por Cazuza 'O Tempo Não Para', sendo cantada por bufos de emoção nítidos a cada verso forte, já próprio da música. Aliás, emoção é a palavra chave deste disco. Ney coloca sentimento em todas as canções, e isso é irrefutável, o que beira ao impressionante. 'Mal Necessário', 'Coisas da Vida'
e 'Inclássificaveis' possui tanto sentimento que imaginamos situações em que a música se insiriria em nossas vidas. Por outro lado, há as políticas como 'Ode aos Ratos', 'Porque a Gente é Assim' e 'Mente, Mente' que se firmam pela ácidez misturada com a beleza, e com um toque de raiva. Enfim: espetacular do começo ao fim. E vivas aos paêtes do mestre Ney.
.5estrelasde5.