sexta-feira, 27 de abril de 2007

Um possível falso milagre chamado Auto-Hemoterapia

Apesar do título se referir a este procedimento como uma possível falsidade, verão que no decorrer do texto, tal tratamento – se realmente for possível comprovar sua eficácia-, pode ser na verdade, uma vítima da ganância humana.

Há algum tempo, um dvd sobre um tratamento até de certa forma milagroso, começou a circular de uma forma surpreendente pelo Brasil, fazendo com que uma legião de pessoas se rendessem à um experimento dito – pelos que se consideram especialistas-, duvidoso.

Na última semana, o assunto se tornou bem popular nos centros de debate, após ser massacrado por uma reportagem de um importante programa de circulação nacional.

Mas afinal, a Auto-Hemoterapia funciona mesmo? Bom leitores, não há nada de concreto até então. Tal método era usado há décadas atrás, para fortalecer as pessoas. O problema era que o método utilizava sangue de outra pessoa, o que foi perigoso demais, visto os diversos casos de doenças -como a sífilis-, que se alastrou nos pacientes. Hoje já é diferente, o sangue é tirado da própria pessoa e injetado nela mesma (como leram no artigo do link), para obter as possíveis curas.

O dvd contém o Dr. Luiz Moura, explicando o tratamento e contando alguns casos de cura via auto-hemoterapia. A forma tratada pelo médico e os contos são bem fascinantes, e realmente funciona na tarefa de convencer leigos no assunto. Em uma rápida vasculhada e pesquisada em centros de discussões na internet sobre o assunto, por volta de 2000 pessoas comprovaram a eficácia do tratamento em doenças como artrite, glaucoma e herpes e até em algumas consideradas de teor grave, como o câncer e a diabetes.

Os médicos rebatem tais declarações de cura, com insinuações de loucura por parte do Dr. Moura e alegam que em alguns casos, as doenças – devido à um fator de defesa do próprio organismo-, realmente podem sofrer alguma reversão, que é até algo bem comum... Bom, não é muito comum hoje em dia, doenças como artrite e diabetes sofrerem curas repentinas, não acham? Lembrando que esta declaração, foi dada por uma médica na reportagem condenadora do programa.

Assim, ficamos divididos: Será que estamos diante de um cura milagrosa, que além de eficaz é quase sem custos? Ou é apenas mais uma ilusão fatídica, que vira e volta persegue nós brasileiros, como alegam os médicos especialistas?

A verdade é que as alegações céticas, são incrivelmente infundadas, ou seja, não mostram uma razão clara. Soa como se eles estivessem a beira de uma revolução na medicina alternativa, que de uma forma assustadora, poderia diminuir a necessidade de profissionais da área médica nos setores da saúde. Com o tempo, teremos maiores respostas.

Tal prática, por mais absurda que pareça (ou tentam fazer parecer), pode ser uma verdadeira revolução. Aos seguidores, fica a dica de que em hipótese alguma parem de tomar os medicamentos e entrem de cabeça no tratamento. Não há nada comprovado. No momento dúvidas e mais dúvidas sobrevoam tal método. Que as respostas venham logo!

terça-feira, 24 de abril de 2007

O que aconteceu Mangabeira?

Após anunciadas a demorada reforma ministerial e a divulgação de alguns nomes para os cargos, o presidente Lula causou surpresa aos seus correligionários de partido. Além da indicação do jornalista Franklin Martins para a Secretária de Comunicação Social, Lula assustou a todos com o convite ao filósofo e professor de direito de Harvard, Roberto Mangabeira Unger (foto), vice-presidente do partido PPS, o mesmo que faz parte o vice de Lula, José Alencar.

O convite foi para assumir o comando da Secretária Especial de Ações de Longo Prazo, que contará com a ajuda de órgãos como o IPEA e o Núcleo de Assuntos Estratégicos. Será uma secretária do futuro, melhor dizendo. Para a surpresa de todos, o convite foi aceito.

Agora, porquê surpresa? Bom, Roberto Mangabeira foi uma dos críticos mais assíduos no primeiro mandato do presidente Lula. Frases como “governo mais corrupto da história” e afirmações de que o presidente “corrompeu e esvaziou instituições” faziam corriqueiramente parte de seus discursos. Mas o que será que mudou de lá pra cá? Será que o governo Lula melhorou desde então? Bom, neste segundo mandato, ainda não houve nenhum projeto consistente já implantado, como disse nosso caro presidente. Trapalhadas como a crise aérea e o negócio do etanol com os EUA, ainda envolvem Lula. Assim, não se vê uma mudança tão radical. Mas não temos mais aquela corrupção... Ora, nem precisamos. A violência no país cresceu de uma forma podre, o PIB caiu e além do mais, as CPI´s feitas para apurar aqueles casos, viraram pizza, como previsto.

No mínimo, Mangabeira deveria fazer um pronunciamento, alegando o porquê dessa virada. Pois como disse o secretário geral do PT, Joaquim Soriano, "Mangabeira se desmoralizou sozinho". E é a pura verdade. Alguns dizem que foi pelo cargo oferecido, outros afirmam que realmente ele acredita que o governo petista mudou para melhor, não sabemos nada até então. Mas que tal virada foi no mínimo estranha, isso foi.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

O que anda acontecendo no mundo?

A pergunta acima poderia ser direcionada a diversos problemas que enfrentamos atualmente em nosso planeta. Na verdade, são tantas as mazelas, que chega até a ser egoísmo pedir clemência por uma só, mas nesta semana, nos deparamos com três trágicos acontecimentos, que se pararmos para pensar, chegamos literalmente ao fundo do poço no quesito de desumanidade.

No início da semana, fomos surpreendidos por uma chacina digna de filme de serial killer. O estudante sul-coreano Cho Seung-hui, liquidou 32 pessoas na Universidade Técnica de Virgínia, nos Estados Unidos, onde fazia o curso de letras. O crime veio acompanhado por uma onda de indignação por parte dos americanos e do mundo inteiro, inconformados com tal tragédia.

Mesmo abalados com o acontecimento na Virgínia, nós brasileiros, fomos surpreendidos por uma agonizante troca de tiros entre traficantes e policiais no Morro da Mineira, Zona Norte do Rio. Não seria surpresa para nós tal eventualidade, mas a desta terça-feira (17), deixou nada mais do que 13 mortos, 3 inocentes feridos e 11 presos. A população local, apesar de acostumada com as ações, ficou perplexa com tamanha barbárie, visto que o tiroteio aconteceu em plena manhã, em uma rua movimentada.

E para quem pensava que já haviam acontecido desastres demais no mundo para uma semana, nesta quarta, mais de 200 pessoas foram mortas em mais um conflito no Iraque. Entre os mortos, civis, para variar. Cinco carros bombas foram explodidos logo após o primeiro-ministro do Iraque, Nuri Al Maliki, dizer que até o final do ano substituirá todas as tropas estrangeiras do controle do país.

Em três dias, aconteceram três tragédias seguidas pelo mundo. Analisando um pouco o caso do jovem assassino Cho, por todas as matérias passadas na mídia e pelo vídeo que o próprio mandou a um canal de tv americano, foi um crime que dava para ter sido impedido. O estudante tem um histórico de distúrbios, que qualquer especialista poderia perceber. Sim, especialistas, mas há pouco menos de dois anos, o jovem Cho foi mandado à uma clínica para doentes mentais. O que será o que fez sair? Sendo que em laudo médico, há afirmação de transtorno mental? Na escola, o garoto já havia aprontado das suas, e em redações e formas de comportamento, já demonstrava atitudes que poderiam leva-lo a cometer a barbárie. “Vocês vandalizaram meu coração, rasgaram minha alma e queimaram minha consciência. Vocês achavam que era um garoto patético que vocês estavam extinguindo. Graças a vocês, eu morri. Como Jesus Cristo, para inspirar gerações de pessoas fracas e indefesas.”, disse Cho em um dos vídeos mandados à TV. Nada evidencia o acontecido, mas verdade seja dita: boa parte da perturbação se deu pelo fato do isolamento que o rapaz sofria por parte dos seus colegas. Atitudes xenofóbicas, sempre estiveram presentes entre jovens americanos, e pelo que o assassino relata nos vídeos e nas cartas, essa foi uma das principais razões do ato irracional.

Aliás, falando em irracionalidade, o que será que passou na mente daqueles policiais ao trocar tiros com bandidos em plena manhã? Bom, decerto que eles estavam fazendo o trabalho, mas um mínimo de planejamento é bem vindo. A empregada doméstica identificada como Luciane, ficou – junto ao marido e a filha de 6 anos-, deitada no meio da rua, entre o fogo cruzado. Após o tiroteio ela desabafa: “Passei o maior sufoco”. Moradores do local, afirmam que isto já é de praxe naquela rua, visto que ela se localiza entre duas favelas, mas contestam que nunca viram algo como foi a manhã de terça. “Está todo mundo traumatizado”, disse uma moradora vizinha de Luciene.

Bom, do Iraque faltam palavras para falar. Já chegou ao precipício. Pelo visto, não houve participação das tropas americanas no incidente, mas ainda é bem válida a idéia que Bush retire o mais rápido o possível as tropas de lá. Chega a ser ridículo, e ainda mais ridículo é usarem o nome de um ser superior para contestar as ações mortais.

Como puderam ver, esta semana vai entrar para a história marcada de sangue inocente. Chegamos a um ponto, onde a violência está em toda parte. Nas ruas, bancos, universidade, escolas....em tudo. E infelizmente, somos obrigados a aceitar conviver com isso. O que podemos fazer é pouco. Não podemos ficar a espreita de mais mortes. Em um trabalho que deve ser mantido e realizado em conjunto no mundo todo. Educando desde cedo para colher os frutos do amanha. Talvez não consigamos nunca acabar com a barbárie, mas devemos lutar para pelo menos diminui-la. Sangue inocente não pode mais ser derramado em vão...

segunda-feira, 16 de abril de 2007

As conseqüências de ser brasileiro

Na última semana, fomos surpreendidos com uma ação da Polícia Federal, chamada de “hurricane” (furacão), que de uma tacada só prendeu 25 pessoas, entre elas desembargadores, juízes, policiais, bicheiros e presidentes de escolas de samba. Segundo a PF, a ação já vem sendo planejada há um pouco mais de um ano, sob denúncias de envolvimento com exploração de jogos ilegais, corrupção de agentes públicos, tráfico de influência e receptação. No fim da tarde deste sábado, foi divulgado um balanço total do rombo causado por tais acusados. Foram R$ 10 milhões em dinheiro, R$ 5 milhões em cheques, US$ 300 mil, 34 mil euros e 400 libras esterlinas. Fora do dinheiro em espécie apreendido pela polícia, 55 veículos de luxo – entre eles uma Mercedez-Benz avaliada em R$ 550 mil-, e 27 relógios de griffs famosas também foram encontrados com os acusados.

No momento, todos eles encontram-se detidos. Mas fica a pergunta: Até quando? Nos noticiários de hoje, foram passadas imagens de advogados plantados na porta da delegacia onde estão os acusados, com isso, visto o cargo que ocupam, o dinheiro que possuem e sabendo que vivem no Brasil, o mais provável é que permaneçam no máximo 3 meses detidos em suas celas especiais. Lamentavelmente essa é uma conclusão tirada de um brasileiro que já conhece tal história há muito tempo. A atuação da Polícia Federal em prender tais acusados, deve ser aclamada não só pela imprensa, mas também por todos os brasileiros. Mas infelizmente, tal mérito vem ofuscado pelo simples fato do obscuro futuro da justiça tupiniquim. Lembremos o caso do famoso juiz Lalau (foto 2), que depois de roubar milhões dos cofres públicos e fazer a sua fuga ter uma vergonhosa repercussão internacional, ficou detido menos de um ano – contando o tempo em que ficou na cela, especial, claro-, e hoje cumpre pena domiciliar, ou seja, está em casa, “detido”. São casos como esse, que faz nós brasileiros tirarmos conclusões tristes e precipitadas nessas circunstâncias.

Recentemente, o presidente Lula indignado com as más notícias publicadas pela imprensa, disse: “A gente acorda de manhã, vê a televisão, só tem notícia negativa. No jornal e no rádio, só notícia negativa. Ás vezes, tenho a impressão de que as coisas boas perderam espaço para as coisas ruins”. Bom, realmente. Mas falar é fácil. Comentário sobre esta ação da Polícia Federal não houve. O caso da crise aérea tomou rumos até então incertos. Assim fica um tanto difícil de ler notícias boas. Se serve, o Alemão ganhou o Big Brother – aliás chega a ser um absurdo a repercussão que este rapaz está tendo, é incrível. Enquanto isso, cadernos de políticas e economias são lidas por uma minoria de brasileiros, segundo recente pesquisa do DataFolha.

“ Falar é fácil...” -, fala direcionada não só ao presidente da república, mas também a grande massa do povo brasileiro.

Ser brasileiros traz umas conseqüências que são impagáveis pelo nosso histórico. Duvidar da ação da justiça em prender criminosos de colarinho branco e criticar o presidente (mas depois reelege-lo), já são de praxe em nosso ego. Mas se pensarmos bem, não temos muito o que reclamar. Somos um povo extremamente passivo. Um triste erro, que deveria ser corrigido o mais rápido o possível. O blog bate palmas em pé à ação da Polícia Federal, mas lamenta duvidar da capacidade da justiça em julgar o caso como ele deve ser feito.

Estes Blogs brasileiros...

OBS do blogueiro: Perdoem essa variância de fontes do 1º parágrafo para o resto do texto. Não sei o motivo pelo qual ficou assim. Tentei concertar e isso foi o máximo que consegui. Realmente minhas desculpas.- Diego Moretto.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Happy Feet: O Pingüim

Quem pensava que os grandes lançamentos que entraram em cartaz no final de 2006 e agora chega às locadoras do país se restringia a apenas longas de suspense, ação e aventura, ficou completamente enganado. Happy Feet, uma animação dos estúdios da Warner, se torna não apenas uma das melhores pedidas de diversão atualmente, como uma produção que desbanca outros elogiados neste blog – como a comédia, “O Diabo Veste Prada”-, pelo conjunto da obra. O filme, ganhador do Oscar de Melhor Animação, faz jus ao prêmio.

[SINOPSE] Na história, somos apresentados ao jovem pingüim Mano e a sua vida, desde o relacionamento de seus pais, seu nascimento e tudo mais. A trama conta que todo e qualquer pingüim deve ter uma “canção do coração”, adquirindo assim respeito e também a possibilidade de conquistar uma fêmea. No entanto, Mano é o único que não possui a habilidade do canto e, sim, a do sapateado. O tal acontecimento assusta a todos e traz muitas dificuldades para a vida do pequeno pingüim, que precisa aprender a lidar com este problema ao longo de seu crescimento. Assim, já crescido, Mano acaba se afastando do seu bando e de seu grande amor Glória para posteriormente se deparar com um novo bando de pingüins. Logo uma forte amizade nasce, fortalecida pela admiração dos novos amigos pelos passos de dança do antes “rejeitado” pingüim. No entanto, Mano ainda luta para retornar as suas origens e, ao lado de seus amigos, busca responder a todas as questões mal resolvidas pela sociedade dos pingüins com o intuito de mostrar que não era o culpado pela escassez de alimentos para o seu bando.

Como se percebe, a história tem um fundo tocante, que não passa nem por clichê e muito menos por pieguice. Aliás, este é um ponto forte do diretor George Miller, que já havia feito algo semelhante em Babe, o porquinho atrapalhado. O desprezo que o pingüim Mano sofre, é terrivelmente doído, até mesmo aos mais durões.

O ótimo roteiro consegue flutuar por sentimentos que já se encontravam escassos nas animações atualmente, salvos exceções. Os roteiristas, foram capazes de variar no decorrer do filme emoções que iam da mais profunda tristeza ao mais alto padrão de alegria. Como o filme funciona como um musical, é contagiante os números de canto dos pinguins e os de sapateado do Mano.

A dublagem do filme está perfeita – como já é de praxe em super produções de animação. Daniel de Oliveira dá vida à Mano de uma forma bem feliz, assim como Sidney Magal, na voz do engraçado guru Amoroso. Um pecado foi tentarem quase boiocotar a cantoria do começo do longa com uma dublagem infeliz, mas foram poucos minutos, e ainda bem, não fizeram isso no decorrer do filme.

Por falar nisso, um dos pontos altos do longa é sem dúvida a trilha sonora. Com apresentações marcantes de pingüins interpretadas por músicas de bandas e artistas como Queen, Prince, Frank Sinatra, Steve Wonder, Beach Boys e até Elvis Presley, que dão um toque todo charmoso ao filme. Sem esquecer de Robbie Willians, que empresta sua voz em uma versão pra lá de inusitada da música “My Way”, cantada em espanhol.

Assim, Happy Feet se destaca por não ser indicado à apenas crianças, e sim à família inteira. Assuntos como discriminação, humilhação, e até a preocupação com o Meio Ambiente são bem expostos no decorrer do longa. Não se assuste se durante o filme seus pés começarem a bater, seu coração sofrer um doído aperto, suas mãos se contagiarem ou você se obrigar a parar o filme pois estava rindo muito. Happy Feet faz isso conosco. Uma dica é ver todos os extras que o dvd possui, pois são fantásticos. Há, e não esqueçam de que logo no menu do dvd, Mano já começa mostrando para que veio ao mundo, já arrancando o seu primeiro – de muitos-, risos. Divirtam-se com uma excelente produção, indicada não à você somente, mas à toda sua família.

NOTA: 9.5

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Os repetitivos diferentes casos de nossos líderes latinos












Ao se ver em algum jornal, revista ou quaisquer fontes de informação, algo sobre Cháves, Lula e Moralez o primeiro pensamento que não foge de nossas mentes é: lá vem bomba.

É incrível como as noticias relacionadas a tais líderes, por mais que sejam diferentes no parâmetro de loucura ou decepção, possuem um segmento semelhante a tudo que já lemos no passado, salvo exceções, que ultimamente – para a felicidade geral da nossa nação-, tem sido o presidente Lula.

Há menos de duas semanas, Lula havia viajado à Camp David para um formal encontro com Bush, para que enfim se finalize o negócio do Etanol. O encontro foi bombardeado pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, que dispondo sempre de seu discurso socialista e de liderança, acusou os EUA de manipularem o Brasil sobre o preceito do Etanol. Lula, para variar, não mencionou nada a respeito.

Na última terça-feira (10/04), Chávez garantiu que de forma alguma deseja criticar Lula ou cortar relações com o “colega”, pois o inimigo mesmo é o “império americano”. Mas não deixou de soltar farpas ao acordo firmado entre Brasil e EUA, sobre a produção de Etanol.
Segundo Hugo "Não estão querendo o etanol como um aditivo. O que o império americano quer é a substituição da gasolina pelo etanol e isto é uma loucura". Bom, visto a importância da Venezuela no mercado petrolífero mundial, entendemos a preocupação do presidente venezuelano neste acordo. Mas ele faz um comentário até inteligente, alegando o porquê que seria “loucura” esta negociação: "Saibam vocês que a Venezuela produz hoje três milhões ou um pouco mais de barris de petróleo diários, e para produzir três milhões de barris de etanol diários seria preciso plantar milho e cana em todas as terras existentes no mundo, incluindo as cidades", disse.

Bom, não é de hoje que Chávez se intromete em assuntos que não lhe dizem a respeito, apesar de que o acordo entre Brasil e EUA, na produção de etanol, possa prejudicar bastante a economia venezuelana. As críticas à Bush se tornaram tão repetitivas que nem vale mais a pena prestar atenção nelas.

Outro que também resolve soltar farpas ao governo americano de vez em quando, é o presidente boliviano Evo Morales, que após causar um rídiculo tumulto com nossas empresas, decidiu ameaçar uma greve de fome, caso não seja atendido o seu pedido de aprovação de 44 projetos de consolidação da nacionalização petroleira pelo Congresso Nacional. O presidente fez a ameaça ao perceber que boa parte dos representantes hesitava em aprovar o projeto. A história de fazer greve de fome já é uma velha conhecida de nós brasileiros. O que não pode é Moralez fazer como nosso ex-governador, Anthony Garotinho – que fez uma estapafúrdia greve, onde deu até uma engordadinha.

Como foi dito no começo do artigo, nada de novo na nossa América do Sul. Aqui no Brasil, os deputados resolveram dar ao presidente Lula um virtuoso aumento de 82% em seu salário oficial, enquanto que os aposentados receberam um reajuste positivo de 3,36 % em suas devidas aposentadorias.

Bem, esse é o Brasil que conhecemos...ou melhor, esse é o continente que conhecemos. Repetitivos mas diferentes casos. Impossível isso? Não para eles...

domingo, 8 de abril de 2007

A Revolta dos Falsos Cegos por Coisas Simplórias




Há algum tempo, mesmo em plena época contemporânea, imagens de figuras bíblicas em esculturas, quadros e até filmes, vem sempre acompanhadas por uma polêmica que em grande parte das vezes, soa como radical demais.

Duas semanas atrás, uma galeria de Nova York cancelou a exposição de uma escultura que retratava Jesus feito em chocolate. O anúncio da exposição veio acompanhada de um massacre crítico feito por religiosos, que proclamavam ser "uma ofensa aos cristãos durante a Semana Santa". Segundo o artista da exposição, Cosimo Cavallaro, não havia motivos para tamanho tumulto. E ele está certo. A escultura, batizada de "Meu Doce Senhor" (foto 2), não mostra nada demais. Para os não tão céticos, é notável que o artista adorou a polêmicazinha criada pela sua escultura, mesmo que tal polêmica não seja tão consistente.

Não é de hoje que alguns radicais religiosos do ocidente protestam por coisas não tão importantes.

Um exemplo vivo disso, é o filme A Paixão de Cristo, que retrata de uma forma violenta mas possivelmente real, os últimos dias da vida de Cristo. Mel Gibson – diretor do longa-, chegou a sofrer fortes ameaças, além de ser banhado por sangue de carneiro, jogado por um revolto católico. Tamanha polêmica fez o filme alcançar um lucro dez vezes maior do que o custo da produção. E é algo que acontece muito.

O Código da Vinci – tanto o livro como o filme-, foi massacrado pelo Vaticano, que chegou até a ponto de pedir aos fiéis que não lessem ao livro, e muito menos fossem ao cinema assisti-lo. Resultado: Foi o livro mais vendido por dois anos seguidos em muitos países, e a bilheteria do filme teve um faturamento louvável.

Aliás, aproveitando o gancho, a atitude da Igreja Católica diante O Código da Vinci, foi digna de decepção. Não pedir que os fiéis lessem a ficção e que não assistissem ao filme soou mais fraqueza do que proteção.

É até estranho se falar destes radicais religiosos do ocidente. Problemas como pedofilia, abusos sexuais, desvio de verbas, entre outros tantos graves que assolam igrejas pelo ocidente todo, são escondidos ou desconversados. Tais mazelas são vistas por olhos cegos, que parecem só enxergar aquilo que pode causar “problemas futuros” aos fiéis, esquecendo as profundas marcas não cicatrizadas daqueles que são vítimas de verdadeiros crimes praticados por alguns daqueles que deveriam levar paz e conforto aos nossos corações.Por isso, ao invés de fazer tumulto por uma imagem em chocolate, seria mais digno de religioso combater pragas que mancham a imagem de suas igrejas, que infelizmente não são poucas e não são tão difíceis de combater. Ao contrário das cicatrizes, o chocolate derrete e some.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

What I´ve Done : Crítica não especializada de um fã








Depois de três anos sem lançar material novo e fazendo um suspense agonizante aos fans por causa do novo álbum – Minutes to Midnight , previsto para 15 de maio-, o Linkin Park enfim volta com tudo em seu novo single, What I´ve Done, comercializado nesta semana.

A música não é extremamente diferente de tudo o que banda fez – como os músicos dizem do próximo álbum-, mas mostra sim um amadurecimento dos integrantes.

Com voz bem melódica, riffs concentrados e uma letra fácil, mas bem feita, What I´ve Done torna-se uma ótima escolha para primeiro single. O diferencial talvez se dê na falta do rap, característica mais do que marcante na banda. Mas acreditem, nesta música isso não faz a menor falta.

No clipe,a banda abandona o visual de rua e opta por algo mais dark, vestindo a faceta de rockband por inteiro. No decorrer do vídeo, são lançadas imagens que mostram uma faceta do Linkin Park que sempre foi expressiva nos integrantes da banda, mas até então nunca havia sido retratada nem em suas letras, nem em seus vídeos: o lado humanitário. Fortes imagens – por ora familiares pelo excesso de documentários e notícias sobre tais situações-, de catástrofes naturais, contrastes entre a fome de uns e o desperdício de outros, e as já cansativas guerras, faz do clipe algo tocante, fazendo o single subir um patamar mais alto por causa do vídeo, tornando-se assim mais uma alerta de artistas preocupados em levar a realidade para seus fans. O ambiente desértico, com um sol escaldante tendo a banda no meio tocando grandiosamente junto às imagens faladas anteriormente, remete a uma comparação mais do que precisa: U2. Não se sabe se foi influência ou não, mas quem já conhece música por algum tempo, é inevitável tal lembrança.

Enfim, para muitos, a mudança no visual e a não tão diferente What I´ve Done, é apenas mais uma marqueteira posição da banda, mas para nós fans, é um novo Linkin Park, capaz de superar sim tudo o que já foi capaz de fazer. Falta pouco para conferirmos Minutes to Midnight por inteiro. 2007 é o ano do Linkin Park, é só contar os minutos para ver.

DOWNLOAD MP3

CLIP YOUTUBE


domingo, 1 de abril de 2007

O vôo de um pesadelo, e nada mais.

Caótica. Essa é a melhor adjetivação para a situação atual nos aeroportos brasileiros. O ocorrido neste último final de semana, foi um afoito ao limite de tolerância do povo.

Apenas para se ter uma idéia do pandemônio que foi estes dias (do final de quinta até a manhã de sábado...), a Infraero divulgou os seguintes dados: foram 108 vôos cancelados; 286 de 1118 com atrasados de mais de duas horas, deixando por volta de 18 mil pessoas nos aeroportos de todo o país.

Cenas como discussões entre passageiros e vendedores, desmaios, choradeiras e até morte por parada cardíaca, fizeram parte destes momentos. O ambiente dos aeroportos se transformou em moradias provisórias, com pessoas dormindo no chão, com fome e sede, passando por um transtorno inimaginável em suas vidas, esperando respostas positivas como se fossem os réus deste ardiloso julgamento.

O motivo da pane sob terra se deu pelo fato dos profissionais de vôo - englobando todo o sistema, desde o vendedor de bilhetes até o diretor de operações, com um destaque maior aos controladores de vôo -, montarem uma greve justa, em busca de um aumento salarial. Mas se pensarmos bem e remetermos nossas lembranças há um passado extremamente recente, lembraremos que estas crises no sistema aéreo acontecem desde o lamentável acidente do avião da GOL. Então temos uma demonstração de algo que acontece em vários “setores problemas” do Brasil, ou seja, precisa acontecer algo extremamente grandioso para se começar a apontar falhas, o que é infelizmente um grave problema neste país.

As soluções são muitas, o que falta é um estudo sucinto em cima disso. O sistema que envolve os vôos no país, além de fraco, é obsoleto demais. Países como a Argentina e Coréia de Sul possuem aeroportos muito mais equipados do que os do Brasil. Em Congonhas – o aeroporto mais movimentado do Brasil-, os controladores de vôo não falam inglês, mesmo tendo neste aeroporto, a maior safra de aviões com destino e vindos de outros países. É uma situação deprimente e que ficou escondida por um bom tempo.

Mesmo a situação ter chegado a um extremo nesta semana, o presidente Lula viajou aos EUA no helicóptero presidencial americano, em que iria se encontrar com George W. Bush na residência de campo do presidente americano, localizada em Camp David. Segundo o presidente brasileiro, será para finalizar o acordo de Etanol. Ao saber da notícia do caos aéreo, Lula manifestou sua indignação vetando a ordem de prisão dos grevistas – que iriam ser indiciados por motim na empresa-, e anunciando que na próxima terça haverá uma reunião definitiva para se resolver tal situação. É aguardar para ver...

Dentre as possíveis soluções, está a de “desmilitarização” do espaço aéreo, que também foi um dos motivos para a greve dos controladores. Segundo a discussão, o controle do tráfego aéreo poderia ser exercido por civis graduados e a Aeronáutica ficaria apenas com a defesa do espaço aéreo.

Felizmente, a atual situação dos aeroportos tende a melhorar, e não é piada de 1º de abril.

Em seu blog, o também prejudicado astronauta brasileiro Marcos Pontes toca em um assunto interessante, o caos ter acontecido no Brasil: “Como reagir? Acima de tudo, é preciso ter bom-humor. O espírito do brasileiro, felizmente, é esse, senão teríamos problemas muito maiores nos aeroportos.”, e é a mais pura verdade. Infelizmente (ou não) o povo brasileiro segue a risca a imagem de simpáticos do mundo, inclusive diante tal mazela.

O problema envolve um conjunto de fatores. Enquanto houver descaso do Governo, ganância das companhias, falta de estrutura e compromisso nos aeroportos, a situação tende a piorar (mesmo parecendo impossível), podendo criar uma problemática de âmbito internacional. O artigo fecha com uma dúvida de uma turista Argentina afetada pela crise que, com outras palavras, perguntou ao jornalista do Fantástico, onde está a Ordem e o Progresso escritos grandiosamente em nossa bandeira verde e amarelo??? A dúvida paira no ar...