quarta-feira, 14 de maio de 2008

O dia em que uma humilhação fez muita falta.

Terminou hoje a palhaçada cretina iniciada na última segunda, quando o Sindicato dos Rodoviários decidiu iniciar uma greve egoísta, em que entre discussões e acertos, quem pagou o pato maior foi – para variar apenas um pouco neste país – o trabalhador brasileiro.

Como se já não bastasse o trabalhador ser obrigado a passar pela humilhação de desde a hora de ir trabalhar até a hora de voltar pegar um ônibus super lotado, uma greve imbecil como esta chega para atrapalhar a vida de todos.

Muitos podem estarem surpreendidos com tamanhos adjetivos negativos nos primeiros parágrafos de meu texto, mas ligar a TV e assistir pessoas chorando por causa da possível perda de seus empregos, de gente doente sem auxílio devido a falta de transporte, além de outras situações que pesam em nosso coração, faz com que a revolta como cidadão venha a galope. Deparamos nesses momentos com relatos significativos de pessoas que apenas desejam seguir com sua rotina de vida normal, o que é cruel ao meu ver.

Então questionamos: de quem é a culpa? Nesse caso, de todos envolvidos. Da empresa de transporte, pela falta de auxílio aos seus funcionários, e também do sindicato, que não tem a mínima noção de como uma atitude como parar 100% da frota pode prejudicar o capixaba. Foi de extrema arrogância e falta de senso absurda tal atitude.

Aproveito e denúncio que o transporte capixaba é caótico. Não em questão de horário, mas sim no quesito respeito. É inexplicável as lotações que há em certas linhas. É humilhante para nós passarmos o sufoco que passamos apenas pela simples ação de pegar um coletivo, algo que – em sua maioria – é feito por necessidade. Acho que a acomodação das autoridades em seus carros bons, tem feito mal a administração deste setor. Precisa-se de mais ônibus. Precisa-se de mais funcionários competentes. Precisa-se pensar no trabalhador!

Os impostos não param de aumentar, mas as melhorias mesmo não estão sendo vistas como deveriam.

Realmente torço para que um episódio imundo como este não aconteça por aqui, e que a população lembre disso tudo, para que no futuro, junto à democracia (se é que ela nos ajuda), posso se vingar do dayoff imposto pela suas empregadoras graças a essa maldita greve.


Dica do Post:

Há exatos dez anos, falecia umas das pessoas mais influentes de todos os tempos no campo da música e da sociedade mundial. Frank Sinatra - "The Voice"- talvez seja a mais rápida lembrança quando queremos citar música de qualidade. Sua voz potente e doce entrava em nossos ouvidos como açúcar e perambulava em nossa mente, com as letras de carater romantico que vagava pelo piegas sem deixar de ser brilhante. Indico o álbum 'Duets' e 'Duest II', lançados na década de 90 e recheados de belas canções. Vale a pena conferir também o álbum lançado pela Warner nesta semana de lembranças tristes da morte do cantor, chamado de “Nothing but the best”, que reune clássicos do imortal músico de olhos azuis penetrantes.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Fervor do Terror

Com ideias fracas e filmes sem conteúdo algum, as industrias cinematográficas responsáveis pelos blockbusters que lotam as salas de cinemas semanalmente, sofrem com o acaso em que filmes de gêneros como comédia e terror caíram. A crítica situação faz com que uma idéia certa se torne uma série exaustiva, apesar de boa (como Jogos Mortais 1,2,3,4 e 5..) e torna o gênero terror – de longe um dos mais reverenciados pela maioria da população – algo pastelão, repetitivo e sem efeito algum.

Felizmente nem tudo são decepções. Contamos com diretores e roteiristas competentíssimos atualmente e que fazem com que seguimentos antes já copiados exaustivamente, se reinventassem e nos presenteassem com bons longas que realmente assustam.

Se em sua mente, ao ler sobre diretores contemporâneos competentes e inteligentes, veio o nome do Quentin Tarantino, que de vez em quando se envolve em um projeto de gênero duvidoso, se enganou. A não ser pelo ótimo Planeta Terror/A Prova de Morte, que junto com o fenomenal Robert Rodriguez buscaram o que tem de mais delicioso nos sangrentos filmes Trash passados nas famosas Grindhouses dos anos 80. Aliás, este projeto de Rodriguez e Tarantino foi um acerto em tanto, pois fez com que transformassemos a tenebrosa nostalgia desses filmes que nos assustavam antigamente, em um piada, visto o retrato fiel da insanidade e baboseira que era o roteiro de um filme desses. Fenomenal.

Reinventar películas é o acerto da vez agora. Pegar um fio de meada posto no passado e colocar características modernas com inteligencia e bom senso tem sido a bola da vez para que o gênero Terror não caia no anonimato. Tivemos a volta de zumbis com a ótima franquia Extermínio (1,2); o monstro devorador com o assustadoramente perfeito Cloverfiel – Monstro; a temática Céu/Inferno com o Colheita do Mal – sucesso de publico e crítica e super recomendado por este blog -; a costumeira reprodução de obras do mestre Stephen King, como o enigmático 1408, além dos costumeiros serial killer´s, que dificilmente agradam, tendo pelo visto sido salvo pela recente franquia bem sucedida de Jogos Mortais.

A utilização de elementos até então inéditos como uma fábrica de tortura no nojentamente bom O Albergue ou o amadorismo de um câmera em um prédio com zumbis - como em Rec -, dão um toque bem maior em filmes de terror e fazem com que o tédio vá embora. E prestem atenção no caso de reproduções americanas de filmes de terror japonês: a qualidade é muito inferior. Os filmes de terror japoneses têm um toque assustador a mais, inexplicavelmente melhor. Comparem: O Grito americano e O Grito japonês. A diferença é nítida.

Enfim. Ainda dá para salvarmos o gênero que tanto nos agrada. Levar sustos, ter o frio da barriga característico, querer saber qual sera a próxima morte, entre outras boas características que nos rodeiam ao assistirmos um filme do gênero e que não podem ser rejeitadas. Que venham muitas morte e sangues para nossa alegria.

Post inspirado no "O Horror do Terror", feito pelo blogueiro Rafael de Carvalho.


Dica do Post:

Comemorando 40 anos e aproveitando que o post é sobre cinema, assistam - novamente também -, o ÓTIMO 2001 - Uma Odisséia no Espaço (Stanley Kubrick). Quem já conhece o trabalho de Kubrick, sabe da excelencia e da magestade com que o diretor conduz uma câmera. A intelectualidade junto à crítica à uma politica e uma sociedade de época, faz com que o filme não envelheça e ainda nos faça pensar. As dúvidas são muitas e é impossível negar isso. É um show de filosofia na ficção científica, e sem duvida alguma, uma das maiores obras-primas já realizadas no cinema mundial. Sem mais.