terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ei, isso é uma alcatéia, não um rebanho!

Confesso que esse post não tem nenhum fundamento oficial, foi baseado em conversas começadas em mesas de bar e terminadas no messenger. Mas a opinião de mais de uma pessoa diante esse tema me incomodou profundamente.

O episódio da aceitação da libertação das duas reféns pelas FARCs foi um acontecimento de grande destaque para a imprensa mundial. Hugo Chávez, um dos responsáveis pelo feito, conseguiu o que era o seu único objetivo: melhorar sua imagem diante o mundo e com uma tacada só, desviar a atenção de seu povo e da população mundial da sua derrota no plebiscito em que decidiria o futuro da Venezuela. Atitude brilhante, diga-se de passagem.

Mas o perigo está em acharmos que a ação dos guerrilheiros na Colômbia deve ser aplaudida e que eles (como sugere Chávez) sejam rotulados como grupo político e não como terroristas. Sou claro diante isso: atitudes do MST, aqui no Brasil, já são tidas como terroristas por mim, agora o que dizer de bandidos que matam em troca de dinheiro? De pessoas que seqüestram estrangeiros (fonte de renda do país) e utilizam da Coca como meio de gerar economia? Que foram capazes de tirar um bebê de uma mãe, que ainda o amamentava, e quase deixar a criança morrer, por simples orgulho? É desnecessário dizer outras calamidades que as FARCs cometem. São sim um grupo terrorista da pior espécie, comparado com a Al Qaeda, entre outros.

O que fazer então? Infelizmente a birra de Hugo com o presidente colombiano Uribe tem seu fundo de verdade. Uribe é extremamente passivo, assim como Lula. E nem ao menos tem o poder que nosso presidente tem diante outros países. Usa atitudes erradas, como tentar acabar com a plantação de coca. Errada? Pois é, errada. A Colômbia é um país paupérrimo e tem na Coca sua principal fonte de riqueza. Não é aberto e nem aceito, mas intrinsecamente é a verdade. Milhares de famílias se sustentam trabalhando nas lavouras. Com o fim das plantações, o índice de desemprego iria subir vertiginosamente e a miséria junto à violência também. O Haiti seria o Brasil perto da Colômbia, caso isso acontecesse. É um processo árduo e lento, que vai demorar a se concretizar. As FARCs não podem continuar na ativa e infelizmente não tenho alternativas que não sejam sangrentas.

O momento para se tomar cuidado conosco (os latinos de forma geral) é agora. Chávez tem planos junto às FARCs e não serão planos benéficos com certeza. A Colômbia tem um presidente fraco q tudo indica que haverá reeleição. O nosso apaziguador – Lula -, se tornou um fanfarrão de mão cheia, pois não se decide para que lado do muro se prende e isso é perigosíssimo para o Brasil – que também tem ligações com o grupo guerrilheiro colombiano, ligações do PT e do MST, já oficialmente provadas.

A dica é que não nos encantemos por supostas atitudes heróicas, que na verdade possuem um passado sangrento e um futuro repleto de ganância psíquica e que não trará vantagem à nossa já sofrida América Latina.

DICA DO POST: Assistam (ou comprem) o fabuloso dvd da inglesa Amy Winehouse. Intitulado "I Told You I Was Trouble", o dvd traz um concerto magnifico em Londres, com um set list louvável e uma presença de palco brilhante dessa problemática cantora. Além disso tudo, há um documentário que nos ajuda a entendermos melhor este mundinho drogado e triste da melhor revelação dos últimos tempos depois do Arcade Fire. Outro dvd que chegou com tudo no mercado foi o do libânes Mika. Se com o cd nenhum parte de nosso corpo conseguia ficar parada, com o dvd ''Live in cartoon motion'', fica provado que Mika é o principal artista pop do momento. A sua potente voz, suas letras e sua presença revigorante no palco, deixam Justin Timberlake no chinelo. Para finalizar as dicas de dvds, o brasileiríssimo Paulinho da Viola lançou - já há algum tempo-, o saudoso Acústico MTV, tido pela Rolling Stone como melhor disco brasileiro de 2007. E a revista não errou. Paulinho tem o que falta à Chico Buarque e Gilberto Gil: afinação e classe no palco. Não sou fã de samba, mas me rendo à este dvd. Aproveitem!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O Umbigo Dourado

Desastres naturais, de pequenas e enormes escalas, são responsáveis por imagens tristes e assustadoras de milhares de pessoas desoladas por perderem tudo o que tinham, assim como é lamentável assistirmos reportagens vindas de países paupérrimos da Ásia e África. Todo ano, mobilizações em prol da paz e em prol da ajuda humanitária fazem parte de calendários com festas e realizações com o objetivo de se arrecadar o máximo o possível para que o dinheiro seja revertido para ONGs e instituições que realizam o ato da caridade.

O estranho é que, às vezes, a quantia juntada em tais eventos, sequer beira ao valor de uma obra de arte, por exemplo. A foto em questão neste artigo é de uma bela obra de Pablo Picasso chamada Boy With a Pipe (The Young Apprentice), e que foi leiloada e vendida para um colecionador por mais de US$100 milhões. Aos que me conhecem melhor, sabe o quanto aprecio uma obra de arte. Em meu computador tenho uma pasta no arquivo com mais de mil obras de artistas e exposições que acho fascinante e que não me canso de revê-las.

No entanto, não entendo o porquê de se pagar tanto pela beleza dessas obras. Acho que por serem fantásticas e com um conteúdo histórico sublime, deveriam ser obras sem valor financeiro e que não poderiam ser vendidas. A meu ver, é muito egoísmo querer mante-las em uma sala fechada e particular. Enquanto se gasta milhões e mais milhões em obras de arte ou em produzir importantíssimas peças em ouro, milhares de pessoas morrem todo dia devido à miséria, em tantos países deste mundo.

Será que o ignorante sou eu ao dizer que seria um melhor gasto doar à uma empresa séria e beneficente alguns milhões de dólares do que gastar o dinheiro com quadros ou peças de museu, que a não ser pela beleza, não trará mais nenhum utensílio?

Essa minha atitude na certa é desnecessária. Quando que o egoísmo das pessoas que podem ajudar vai ter finalidade e assim começar uma revolução por um mundo mais confortável?? Claro, não sou hipócrita em dizer que falta apenas dinheiro para que a situação da Etiópia se resolva, por exemplo, mas sem dúvida é um grande começo. Falo tudo isso como um grande capitalista que sou, mas capitalista por viver em um mundo que “nos obriga” a agir como tal, em uma política em que a outra alternativa é pior de se seguir. Mas ao menos, posso ter a são consciência de que ainda não sou um búfalo egoísta deste decadente mundo.

Dica do Post:
Assistam ao delicioso filme "PS. Eu te Amo". Uma história romântica com boas pitadas de humor. No elenco a talentosa Hillary Swank (Menina de Ouro) e o competente Gerard Bultler (300). Ainda em cartaz nos cinemas. Realmente ótimo. Nota:8.5

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Cuidado com este cordeiro!

O presidente venezuelano Hugo Chávez, foi o principal benfeitor responsável pela libertação das duas mulheres mantidas reféns pelas FARCs - grupo guerrilheiro colombiano. A libertação aconteceu após uma assídua e contínua negociação que já durava alguns meses. O negócio foi fechado com a libertação de Clara Rojas e Consuelo González, o que é um grande feito, visto que até hoje não haviam libertado nenhum prisioneiro de um seqüestro que dura mais de cinco anos. Apesar das desavenças, a negociação também contou com a ajuda do presidente colombiano Álvaro Uribe, que há anos tenta insistentemente combater o narcotráfico e o grupo guerrilheiro, problemas que são interligados, já que as FARCs se sustentam com o dinheiro vindo da plantação da coca colombiana. A intromissão de Chávez se deu pelo pressionamento do presidente francês Nicolas Sarcozy na libertação da refém franco-colombiana Ingrid Betancourt – pressão essa egoísta, diga-se de passagem.

Assim, semana passada Hugo anunciou o resgate, mas na data combinada não aconteceu a ação, o que gerou comentários de que essa seria mais uma idéia populista baseada no sonho de Chávez do que um acontecimento histórico. Mas o venezuelano provou o contrário, libertando essas duas reféns.

A pergunta que fica no ar é: Porque Chávez interferiu nesta negociata?

Razões há muitas. Claro que devemos acreditar que também foi por uma causa moralista e humanitária, já que esse conflito entre o governo da Colômbia e as força guerrilheira do país já dura há bons anos. Mas o motivo é mais amplo a meu ver. Hugo que quer a América Latina para ele, isso é inegável. Seu sonho Bolívar não se restringe apenas à Venezuela e ao Mercosul. Com essa ação louvável, ele conquista admiradores por todo mundo. Até o governo norte-americano se pronunciou felicitando Hugo pela intermediação na libertação das reféns. O que temos de tomar cuidado e que tudo foi planejado por ele. Os ideais de Hugo Chávez para com os paises latinos são perigosos. Lógico, não são tão ensandecidos como a revista Veja insiste em divulgar, mas são ideais que atrasariam a economia e a política de nossos paises latinos.

A carapuça de cordeiro da vez caiu como uma luva nos planos do presidente venezuelano, e cada presidente (principalmente o Uribe, no momento) deve ter ciência de que ainda é o velho Hugo, o mesmo difusor de uma cultura neo-socialista hipócrita e que utiliza de ameaças e pressões para conseguir o que almeja, e isso para mim é um defeito político irrefutável, causador de grandes tragédias que bem conhecemos em nossa história.


Dica do Post: Ouçam o fabuloso novo álbum da cantora indie Cat Power. Jukebox são canções regravadas por ela de forma brilhante, entoando uma força divina na voz rouca e com uma banda de dar calafrios. Ouçam as ótimas New York, I Believe in You e Don´t explain. Já é um dos meus favoritos para 2008...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

1 ano de Blog

Muitos duvidaram que este dia chegaria, digo isso honestamente, até eu duvidava. Mas tudo ocorreu bem e hoje orgulhosamente comemoro junto aos meus amigos conquistados nestes 12 meses, um ano de blog.

Este espaço é a minha fuga do mundo e por isso tenho grande carinho por ele. Gostaria de agradecer a todos os amigos conquistados, amigos bloggueiros que desejo muito debater qualquer assunto q seja em uma mesa de bar algum dia.

Comemorando o aniversário, reformulei todo layout do blog. Com a ajuda do brilhante Arne Balbinotti, moldei o que parecia o ideal para mim de um blog, e acho que consegui construir o meu objetivo. Ok, foram madrugadas difíceis – sou bem complicado-, enchendo o pobre Arne com minhas idéias e rindo demais de nossas palhaçadas (obrigado rapaz), mas o resultado final foi satisfatório. Com o tempo vocês desfrutarão mais e mais das novidades que este blog deseja proporcionar a vocês.

Para começar, cada post trará um dica. Seja ela de álbum, de música, de filme, de peça de teatro.... enfim, uma dica.

Bom, um brinde à nós e que mais um ano venha. Obrigado pelo apoio!

.Diego Moretto.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Blog em Construção por tempo bem curto...


Aniversário do blog chegando e resolvi, com a ajuda de um célebre amigo, colocar mais tijolinhos neste meu tão amado espaço. Blog em construção galera, por pouco tempo....

assistam o fabuloso vídeo narrado por Pedro Bial: uma sublime crônica sobre a vida. "Filtro Solar".
Diego Moretto.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Os 10 melhores álbuns de 2007


Bom, antes de tudo gostaria de agradecer por aqui aos incentivos e aos votos dos amigos deste blog, além é claro dos convites de Meme´s e premiações - Muito obrigado mesmo. Não voltei no tempo determinado, mas não foi por desleixo, foi falta de tempo mesmo e de internet, hehehe.

Bom, acumulei bons assuntos neste meu tempo de recesso e tentarei trazer todas as semanas o que me pertubou durante esses últimos tempos.

Como eu não queria voltar com um post polêmico, e negativo, resolvi presenteá-los com a minha lista dos 10 melhores álbuns de 2007. Eu realmente espero que vocês curtam. Bom, muito obrigado à todos vocês pelo apoio.

Diego Moretto.

Os 10 Melhores álbuns de 2007

Este ano foi ótimo para a indústria da música, com lançamentos geniais e que me fez ficar bem perdido na hora da escolha dos dez mais. Entretanto, as bandas que eu pensei que estariam nesta lista, não conseguiram tal proeza. Um grande exemplo é o Linkin Park, que lançou um álbum normal, bom mas sem nada a acrescentar. O Chris Cornell lançou um álbum bem sem-graça, em que apenas sua bela voz salva o disco. O Foo Fighters quase entrou nesta lista, mas ainda não foi dessa vez. Grandes nomes como Andrew Bird, Björk, White Stripes e Vanguart também passaram perto da lista, mas não entraram. Bom, esta é a minha opinião dos melhores discos de 2007, realmente espero agrada-los.

Neon Bible – The Arcade Fire: (capa em destaque no post)

Os canadenses do Arcade Fire surpreenderam a indústria musical ao lançar o fabuloso Funeral (2005), um disco complicado e de extremo bom gosto. Com o sucesso do primeiro álbum, duvidou-se da competência da banda em produzir um cd tão bom quanto foi o de estréia. Bom, em março de 2007 eles provaram que são atualmente a banda com maior habilidade e inteligência musical da nova geração. Neon Bible surpreende pelo mistério e pela deliciosa complicação – característica marcante da banda. Não apenas é preciso ser minucioso para descobrir cada instrumento usado nas canções, como também é necessário um grande atentamento às belíssimas letras, em que poesias sublimes tornam-se doces aos nossos ouvidos. Há quem duvide que a letra de Ocean of Noise é a mais bonita deste ano?
Destaque para My Body is a Cage, No Cars Go, Black Wave / Bad Vibrations e Neon Bible. Com isso tudo, o Arcade Fire não apenas leva o título de melhor álbum de 2007 como também um dos melhores desta década.


Back to Black – Amy Winehouse:

São poucas as cantoras que se consagram logo no começo da carreira. Amy Winehouse é um grande exemplo disso, já que em seu segundo álbum (o primeiro por uma grande gravadora) conseguiu a proeza de ser denominada Diva. Back to Black traz o melhor que um disco de R&B e soul podem nos trazer atualmente. Com uma voz poderosa e letras pessoais, o álbum é brilhante do começo ao fim. O hit do ano, Rehab, tem todas as características que fazem singles estourarem na mídia, mas com o diferencial de não seguir um modismo. É único. Me and Mr. Jones e Back to Black também são esplendorosas canções que destoam no afinamento e no vigor de Winehouse. Infelizmente a cantora beirou ao precipício neste ano. Foram tantos acontecimentos lamentáveis que parecem ter passado 20 anos em apenas 365 dias. Nem por isso ela deixa de ficar no pódio. Back to Black são 37 minutos de pura excelência.

In Rainbows – Radiohead:

O Radiohead é a banda de 2007. Isso porquê foram capazes de não apenas nos surpreender com um brilhante disco, mas também por tomarem uma atitude notável. Já como banda alternativa (romperam o contrato com a gigante EMI), a banda anunciou que colocaria a venda o novo álbum em um site e deixaria a livre arbítrio do fã o valor do disco. A atitude foi vangloriada pelos fans e subestimada pela industria. O resultado foram milhões de cópias vendidas no site e um novo modo de vender álbuns, certamente copiado no futuro. In Rainbows já é consagrado como um dos melhores do Radiohead. Não ofusca a genialidade do Ok Computer e nem o fabulosismo do The Bends, mas nem por isso deixa de passar despercebido. As canções variam no barulho, podendo ser bem potentes (Bodysnatchers) ou suaves (Nude). Há aquela balada triste já marcante da banda (Videotape) e aquele tipo de música que nos fazem cantá-la por semanas a fio, devido a plenitude de sua bela letra (Jigsaw Falling Into Place).

Assim, In Rainbows consegue ainda ficar no pódio, mesmo tido seu lançamento em recentes 3 meses. O Radiohead novamente mostrou que ainda pretende ser os melhores da década, assim como foram no passado.

Life in a Cartoon Motion – Mika:

O libânes Mika surpreendeu a todos com um delicioso disco, recheado de sons dançantes e com baladinhas que fazem qualquer um suspirar. Comparado cansativamente ao mestre Freddie Mercury – devido ao seu afinadíssimo e potente timbre vocal-, Mika ficou entre os primeiros nas paradas musicais do mundo inteiro com a totalmente única Grace Kelly, música que espelha bem o álbum por inteiro. O segundo single Love Today e a balada Any Other World, além da incrível Relax, Take it Easy são destaques excepcionais frente à um álbum maravilhoso e único. Há, tenham atenção dobrada em Lollipop - essa é genial.

The Flying Club Cup – Beirut:

Não enquadrar a arte em nenhum estereótipo, atualmente, é o melhor a se fazer. Tanto pela dificuldade que certas obras apresentam quanto pelo crime de não deixar o artista se expressar do modo que ele queira sem ser criticado por isso. Voltando a falar da complicação, quem já teve a oportunidade de ouvir, em que estilo você enquadraria o Beirut? Há alguns que dizem que eles são pop, mas não concordo, acho o estilo pop muito superficial, porque o que não é pop hoje em dia não é? Mas realmente encontrar um estilo para o Beirut é uma tarefa para lá de complicada. Utilizando elementos folks com detalhes sobressaltantes folclóricos e ciganos, o grupo faz uma música extremamente diferente. Começaram com isso desde o começo da banda, com seus EP´s e seu primeiro disco bem imaturos mas já dizendo que coisa boa vinha por aí. Bom, e veio. The Flying Cup é uma obra-prima, e são de poucos discos que digo isso. O cd é de cabo-à-rabo diferente e maravilhoso. Viajante para melhor exemplificar. Este é um daqueles em que não podemos escolher as melhores, mas vejam o clip de Nantes e comprovem o que digo.

Cease to Begin - The Band of Horses

Os americanos do Band of Horses conquistaram um grande público com um ritmo bem agitado e talentoso. Além uma bela capa, Cease to Begin é um disco estupendo, em que funciona experimentações da banda inteira e, por mais diferentes que sejam as músicas, caem direitinho em nossos ouvidos. Há detalhes do folk/rock e do cowntry nas canções – algumas com grande influência desses estilos-, e o indie é uma característica que funciona no disco inteiro. O vocalista utiliza um tom vocal que nos remete às deliciosas baladas oitentetistas.Coloque o disco no carro e viaje ao som de No One's Gonna Love You e Detlef Schrempf. Destaques para Window Blues, Is There a Ghost e Cigarettes e Wedding Bands. Brilhante!



Favourite Worst Nightmare – Arctic Monkeys

O Arctic Monkeys (assim como nosso primeiro lugar da lista) lançou um notável álbum, que mexeu com os padrões musicais ingleses e mundiais há poucos anos. Eles precisavam apenas comprovar que realmente eram tão fenomenais, ou se eram apenas sortudos principiantes. Bom, no começo de 2007, Favourite Worst Nightmare chegou e colocou os caras como os novos reis do Britpop. O primeiro single, Brianstorm, trouxe uma carga grande de agitação e guitarras descontroladas, assim como há no álbum todo. D is for Dangerous e 505 são outros destaques fenomenais. Além dos dois ótimos álbuns lançados, a banda também é realmente competente no palco, característica que não deve passar despercebidas já que estamos tratando de jovens que ainda não chegaram aos 22 anos.




Young Modern – Silverchair:

Depois da obra-prima Diorama (2002), Daniel Johns anunciou que estaria envolvido em um projeto paralelo com seu tecladista Paul Mac (The Diassociatives) e que não teria planos para o silverchair, deixando seus fans perplexos com o que parecia ser o fim. Em 2006, a banda voltou a se apresentar e trazendo músicas inéditas, que ocupariam – em 2007-, o Young Modern, mais um disco diferente de tudo o que a banda já fez – característica louvável do grupo. Com ingredientes que vem desde a década de 70 até os dias atuais, a banda veste uma carapuça indie e nos surpreende com ótimas canções. O primeiro single, Straight Lines, começa com um irrequieto piano e explode em altos agudos na voz de Johns. Além dela, há a épica e maravilhosa Those Thieving Birds, dividida em três partes que mostram até onde pode chegar a genialidade do vocalista, tanto nas melodias quanto nas letras. Outros destaques são a única If You Keep Losing Sleep, a pesada Mind Reader e a bonitinha Low, que se sobressaem em meio a todos os ótimos sons. Felizmente a banda já anunciou um show por terras brasileiras em 2008 e um possível álbum no futuro, é aguardar e se deliciar com as novidades de uma das melhores bandas do mundo.

Era Vulgaris – Queens of the Stone Age:

O Queens of the Stone Age sempre foi sinônimo de ousadia e de qualidade. Em todos seus álbuns há ambas características. Em Era Vulgaris, surpreendeu a todos pelo tom melódico e desleixado (isso é um elogio, acreditem) além da sensualidade arruaceira que presentearam os fans, mas sem esquecer da fúria que também se tornou marca registrada do grupo desfalcado liderado pelo talentoso Josh Homme. Em Sick Sick Sick e 3´s & 7´s mostram todo o ardor dos antigos álbuns, com riffs perfeitos e que nos fazem viajar nas músicas. Há também a exótica e suavemente pop Make it Wit Chu, e as estonteantes Battery Acid e I'm Designer, que levam este álbum a um patamar superior e se torna um dos melhores não apenas do ano, mas de toda carreira do QOTSA.

The Reminder – Feist: 10º

A canadense Leslie Feist é uma ex-cantora de punk que apenas conseguiu o estrelato cantando seus sons jazzísticos e sublimes. Lançou há dois anos um belíssimo álbum, ao qual ofuscou com o lançamento do incrível The Reminder, um disco bem gostoso de se ouvir e que é recheado por canções cantadas por uma interprete maravilhosa e competente. Feist coloca em suas suaves canções ritmos dançantes e brinca com este amplo universo do soul e do jazz. O tom rouco da voz da cantora (reza a lenda que é por causa do seu passado como punk), destoa talento nas interpretações. Os destaques vão para as tristes The Park e The Water, com agudos que realmente chegam ao coração, e também ao notável e divertido single 1, 2, 3, 4. Feist fica no pódio de uma das melhores cantoras indies da atualidade, ao lado da afinadíssima Cat Power e da talentosa Regina Spektor.