
[SINOPSE] Lorde Cutler Beckett (Tom Hollander) e sua Companhia das Índias Orientais assumiram o controle do navio fantasma Flying Dutchman. Sob o comando do almirante James Norrington (Jack Davenport), saem matando piratas. Para salvar a pele dos que restam, Will Turner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley) e o capitão Barbossa (Geofrey Rush) precisam reunir os Nove Lordes da Corte da Irmandade para tentar derrotar Beckett. O último que falta é Jack Sparrow (Johnny Depp), que está preso no baú de Davy Jones (Bill Nighy). Para salvar Sparrow, eles viajam até Cingapura e enfrentam o pirata Sao Feng (Chow Yun-Fat) para recuperar os mapas que os levarão ao fim do mundo, onde está o último dos nobres.
É impossível não começar essa crítica sem ao menos apontar o belíssimo trabalho técnico que este longa traz. “O Fim do Mundo”, último filme da famosa e bem sucedida trilogia “Piratas do Caribe”, se sobressai diante os outros em diversos quesitos, mas principalmente nos efeitos visuais e de som. A viagem durante o longa é envolvente, com uma trilha-sonora, ora bela e suave ora forte e sombria, e com imagens de efeito que beiram (se não chegam) à perfeição, além de um sistema de som que faz com que nosso coração fique numa intensa arrítmia. Aliás, este ano está poderoso neste quesito, com filmes como Homem-Aranha 3 e o aguardado Transformes, que promete assustar nesta categoria técnica. Que venha o Oscar!
Também se torna obrigatório se dar os créditos à maquiagem, o estrondoso cenário e o fabuloso figurino, apesar de que os estúdios Disney sempre se sobressaem neste quesito.
Bem diferente do cansativo “Baú da Morte”, “O Fim do Mundo” consegue conciliar todos os entraves deixados no segundo filme sem parecer monótono. Entretanto é bom deixar claro que as principais tomadas e mudanças no roteiro, se dão em breves momentos, o que requer uma concentração no decorrer do longa, caso contrário há o perigo de se perder durante as quase três horas de sessão.
Com o fim dessa trilogia, o que (talvez) mais sentiremos falta é do excêntrico Jack Sparrow, que brilha neste filme e consegue o tão injustamente demorado título de protagonista- para quem não sabe, este personagem devia ser secundário. Falar que Johnny Depp é um formidável ator, é a mesma coisa que falar que Gisele Bündchen é linda ou que rock´n roll é bom demais, ou seja, desnecessário. Mas é bom salientar, que Jack Sparrow ficará marcado na história do cinema, o que é raro atualmente. Com o seu jeito afetado e o ótimo humor, sem dúvida é o ponto alto da trilogia.
Créditos também a bela Keira Knightley, que enfim consegue fazer de Elizabeth Swann uma protagonista digna de protagonista, indo de empreitadas de ação à romance, sem tornar nada profissional demais. Orlando Bloon continua fazendo seu trabalho, sem prejudicar e nem vanglorizar o longa, apesar de seu personagem dar uma guinada massa neste último filme. Na verdade, ninguem desaponta neste filme, só se destacam, como Geoffrey Rush e Bill Naghy, além dos já citados. Há! A participação do guitarrista da banda Rolling Stones, Keith Richards, é muito bem-vinda. A sintonia com Depp é incrível, e apesar da pouca participação, não desaponta.
Assim, é incontestável que “Piratas do Caribe e o Fim do Mundo” seja visto nos cinemas. São quase três horas de puro entretenimento. Apesar de ser o último da trilogia, há algumas brechas que podem ser de uma possível seqüência, que é bem provável que não seja de grande sucesso. A não ser que o filme seja especifico do personagem Jack Sparrow, como já se foi proposto. Infelizmenta o filme peca em algumas perdas no roteiro, o que pode deixar os verdadeiros fans descontentes, mas a ida ao cinema para assisti-lo vale cada centavo.
Nota: 8.7