terça-feira, 20 de março de 2007

A inépcia conjunta no Brasil





























A vinda do presidente pop americano ao Brasil foi cercada do que chamaríamos de “protestos”, mas será que realmente aquilo foi um protesto? Melhor, será que temos este direito?

Terça-feira, manchetes: “Governo ganha disputa e leva para plenário decisão sobre CPI”; “Verba Aérea de deputados supera salários”; “Álcool vai ficar mais caro nas bombas”, etc...

Notícias como essas, que deveriam ser entendidas por todos os brasileiros, são ofuscadas por outras como a do estrondoso “paredão” entre dois participantes do programa Big Brother Brasil.

Dando uma rápida visualizada nas comunidades do Orkut, via-se tópicos do programa que beiravam à 3000 respostas, enquanto que grupos de política e economia, quando não tinham, possuía no máximo três debatedores. Realmente é estranho.

A vinda de Bush aqui no Brasil, causou um ofuror danado. Jovens fans do American Idiot (ótimo álbum da banda americana Green Day que serviu como propulsor de um movimento anti-americano/Bush entre os jovens), se diziam bravos manifestantes, fazendo uma baderna sem igual. No artigo deste blog intitulado “Ser Subserviente ou não? Eis a questão...”, o comentarista Caio Arroyo disse: “(...)eu concordo mais com os protestos feitos na Argentina acho q contra os políticos eles tem mais forca do que nos”, e pensando bem, esta é a mais pura verdade. Reclamamos tanto de nosso vizinho, mas somos piores do que eles neste sentido. Na Argentina, segundo uma pesquisada realizada em 2002, mais da metade dos estudantes acima dos 15 anos, se interessava sobre assuntos como economia e política de seu país. Tal pesquisa não sei se foi feita por aqui, mas até se sabe qual seria o resultado.

Perólas como: “...é sempre a mesma porcaria, tudo ladrão!”, ou: “nada do que eu fizer vai mudar...”, são constantes na boca de muitos brasileiros. E isso é frustrante.

Protestos seria uma belíssima forma de lutar por aquilo que gostaríamos que fosse posto em prática no nosso país, entretanto damos preferência à novelas e Big Brother´s da vida. Entretenimento é tão bom quanto conhecimento. Infelizmente é um problema de base, e não vejo tanta rapidez assim em combater, principalmente nas escolas, lugar onde – como em países do primeiro mundo-, aulas como a de política e economia deviam ser obrigatórias, mas não de uma forma rígida, mas compreensível, para que os jovens brasileiros além de entender, pudessem ter uma opinião formada sobre tais assuntos.

Ignorância política e acomodamento, são feridas enormes de nossa sociedade, que se não curadas a tempo, se transformarão vias fáceis para aceitarmos com passividade corrupções e crimes piores do que já presenciamos atualmente. E aí é que pensamos: será que dá para piorar? O pior que dá caros amigos... E não devemos esperar para ver.

11 comentários:

Anônimo disse...

É fera o Brasileiro tem essa mania de fazer manifestação sem saber nem pq ta manifestando. Mas pra assuntos que interessam diretamente pra ele, aí finge que ta tudo uma blz.

Diego Moretto disse...

Era este o ponto que eu queria chegar, vlw cara..

Henrique Fogli disse...

Cara, eu tava voltando a pé do Ibirapuera e peguei a manifestação começando, cruzando a Brigadeiro... parei ali pra ficar vendo...

Os cantos começaram com "Fora Bush", depois foi um "Fora Lula do Haiti", depois um viva às mulheres... Mais pra frente rolou algo do tipo "O dia internacional das mulheres é uma vitória das mulheres socialistas" (?)... depois rolou um "Legalize o aborto". Pra terminar com chave de ouro, tive que ouvir que a classe trabalhadora brasileira é quem mais sofre com a guerra do Iraque. Tudo isso acompanhado de vários ambulantes vendendo cerveja e molecadinha curtinho um canaval fora de época!

Talvez 10% sabiam o que estavam fazendo ali... ou o que queriam dizer com "Fora Bush", numa estatística otimista.

Anônimo disse...

Aiaiaiai.
Foi como eu disse no meu post anterior no o Híbrido, os caras do detonautas fizeram uma manifestação eo povo nem ligou.

Porque, epra que se manifestar contra o Bush? os brasileiros não entendemos porques, os pra ques.

É complicado isso dai.


Beijos.
ps: ainda vou analizar o cód, não tive tempo ainda. Para rever o q temos q arrumar falou? Não esqueci não, beijos!

http://nafafaz.blogspot.com

Jullyana Albuquerque disse...

O Legal é saber que ainda há pessoas preocupadas com isso, mas não podemos nos esquecer de lutar sempre, pois já Houve uma geração de Jovens dispostos a mudar que hoje não fazem nada.
"Até bem pouco tempo atrás, poderíamos mudar o mundo, quem roubou nossa coragem?" Renato Russo.

R. B. Dillinger disse...

Opaa, e ai cara.. hahaahha
Poxa, curto ForFun sim!
e a questão da minha banda, a gente nem tem aquela vontade de fazer sucesso não, é aquela coisa mais de diversão mesmo. Encontrar no fim de semana e tocar.. se rolar show, a gente faz!
hahahaha
Mas se um dia ficar famoso, preocupa não que vamo lembrar de todos os amigos.. blogueiros, reais, de orkut!
hahaha
abraço!

Anônimo disse...

Tinha muita gente no meio da baderna que nem sabia o que estava acontecendo, um reporter perguntou para uma garota qual era o objetivo de Bush no Brasil e ela disse -> "Num sei..."

KCT esses caras nem sabem contra o que estão protestando!!

Anônimo disse...

Pois é amigo, esse é o povo do Brasil. Essas são as pessoas que resolvem ir pras ruas pra aparecer pras câmeras. Tantas barbaridades acontecendo em Brasília e esse monte de ignorante só vai pras ruas quando o Bush vem aqui, como se fosse culpa dele vivermos nessa maldita hipocrisia.

Anônimo disse...

Cara... falando em protesto, dia 22 agora ocorreu uma das varias passeatas pelo passe livre, eu estive lá, como um dos organizadores do protesto, afinal de contas, aqui no rio, eles tentaram trocar o passe livre pelo Rio card, mas limitaram o numero de "Rios Card", ou seja, tiraram o direito de todos e o deram a alguns... o protesto em si foi muito bom, mas como sempre, havia um bom grupo afim de gritar sem saber o que estava fazendo, um bom grupo de baderneiros que apenas gritavam sem nem saber sobre o que estavam lutando... pra quem organiza uma passeata assim, quando se olha por cima do caro de som, se vê um grupo enorme de pessoas gritando e logo vem o pensamento a cabeça:"Que bom.. olha quanta gente", mas como bom militante, prefiro ficar junto do povo e não separar os lideres dos liderados, e então pude ver o quão decepcionado eu deveria ficar com aquele grupo que gritava sem saber por que...
Abraço

Diego Moretto disse...

Bom, gostei de parecer ter sido sucinto neste artigo. Acho que consegui passar a mensagem...
Se os protestos do Brasil fossem mais sólidos como os americanos, ou até mesmo mais inteligentes como os dos argentinos, poderíamos conseguir muita coisa para nosso povo. Mas pelo que parece, o lado festivo da população impera, e o que seria para ser algo sério, torna-se uma diversão para um bando de infantis, que só fazem baderna. Mas tambem ressalto que não é só aqui no Brasil isso não, no Uruguai foi a mesma coisa, e os protestos na França tambem parecem mais atentados.... Mas é isso. Ainda aprenderemos a ser inteligentes a ponto de usar a massa populacional brasileira para exigirmos nossos direitos. Obrigado a todos pelos comentários. Abs!!!

Omar disse...

Óh ignorância q nos assola!
E não falo da ignorância de outras pessoas, Diego, falo da sua ignorância, da minha ignorância, enfim, ignorância de quem não sabe o pq do povo brasileiro dar tanta importância p/ alguns assuntos e pouca ou nenhuma, p/ outros.
Há um bom tempo atrás eu tb escrevi sobre essa estranha cultura de protestar por assuntos, talvez menos importantes, e se mostrar de um modo tão passivo em outros.
Por exemplo, queria ver alguém experimentar proibir a prática de futebol nesses cantos do globo. Certamente "o bicho ia pegar". Mas qdo um presidente se mostra tão inepto p/ o cargo a ponto de não conseguir montar o quadro de ministros, mesmo depois de mais de três meses de posse, e quase 6 da vitória nas eleições, ninguém comenta, ninguém se indigna. Este é o nosso país, q a cada dia q passa em vez de compreendê-lo melhor, me deixa mais confuso ainda.
Belo post, Diego.