terça-feira, 19 de junho de 2007

A atual importância dos, segundo críticos, marqueteiros


Aproveitadores de situação, falta de originalidade, e mesmice são apenas algumas das diversas ofensas proferidas por aqueles que seguem o rótulo de críticos da cultura. Nada contra, ao contrário, uma crítica especializada e competente nos ajuda e muito a compreender e adotar coisas de qualidade no nosso dia-a-dia. Mas quando isso extrapola o senso e afeta assuntos que soam como úteis à sociedade, torna-se um sério problema.
Vamos pegar o assunto do momento e tentar analisar quem está com a razão ok?!

A situação do mundo visto aos olhos do Aquecimento Global traz à todos nós preocupações mais do que grandiosas, pelo menos àqueles que reconhecem que estamos no limite.
Pois bem. Tornando-se o assunto do momento, a cultura em si, vem questionando o posicionamento da sociedade e da política diante esse problema. Mas o que poderia ser louvável, as vezes é passado pela imprensa como atitude descartável.

É difícil ser mais claro pela falta de dados, mas começamos exemplificando exemplos como o do excelente documentário “Uma Verdade Inconveniente” (foto1), feito pelo ex-vice presidente Al Gore. Antes de o filme ser premiado com o Oscar, havia muitas críticas contrárias ao longa, vejam: “... Al Gore abusa de imagens chocantes e repetitivas, que aliás podem ser encontradas em qualquer site de vídeos na internet. Tanto alarde para nada. Impressionista, apenas isso.” Frase usada em uma resenha do filme no jornal O Globo.

Outro também que vem seguindo os passos de Al Gore, é o ator Leonardo di Caprio, que foi a Cannes divulgar um documentário do mesmo seguimento do de Al Gore, e defendeu a preservação do mundo, e assim, foi também criticado por isso, sendo até chamado de “aproveitador”.

Mas a atitude mais cretina, sem dúvida alguma, tem ocorrido com os roqueiros do Linkin Park (foto2). Após o lançamento do recente álbum, Minutes to Midnight – que explora nas letras e, por enquanto, nos clipes, atitudes de conscientização ecológica e social-, a imensa comparação com os U2, de forma irônica e maléfica, saem de tudo quanto é crítica especializada do novo álbum dos californianos. E o pior, trazem informações erradas, dizendo que é a nova “carona” da banda... Bom, quem já conhece um pouco da história do Linkin Park, sabe que antes do sucesso, eles já participavam de muitos projetos ambientais e sociais. Foram responsáveis pelo Music For Relief, organização que apresentava shows de artistas famosos em prol das vítimas do Tsunami e agora de New Jersey, e que arrecadou milhares de dólares até hoje. Em São Paulo, a livraria Saraiva junto à Warner, estava trocando cds e dvds do Linkin Park por pilhas e baterias usadas, o que já tornou motivo de comentários maldosos.

Tais atitudes, como a de Al Gore, Angelina Jolie (foto3), Leonardo de Caprio, Linkin Park, U2, Cristiane Torloni, entre tantos outros que estão em luta da reversão deste problema gravíssimo, mesmo que soem, ou no fundo, sejam mesmo marqueteiras, são passadas a milhões de pessoas no mundo inteiro, e é algo realmente necessário neste momento. Um dos pápeis de um bom artista, seja ele da música, ou do cinema, é passar informações concretas e de forma suave à população que o acompanha. Críticas assim não ajudam em nada na compreensão de um trabalho, e prejudicam a informação que desejam transmitir. Ao ler estas coisas, percebemos que são pessoais demais, e que fogem dos parâmetros profissionais que deveriam ser encaixadas. Já ouviram àquela máxima: “Se nem Jesus agradou à todos...”? Pois é, se aplica bem neste caso.

2 comentários:

L.S. Reis disse...

Aquele foi o comentário d' O Globo? Por que não estou surpresa?... :S
Cretino mesmo.
O pior é que muita gente toma essa atitude, a da negação. O problema está aí, batendo na nossa porta, e alguns cretinos (adorei isso) ainda insistem em desacreditar quem luta pra alertar a população e fazer algo. Revoltante. Daqui a pouco o problema arromba a nossa porta, acho que só aí essas pessoas vão se tocar.

Disciplina WebDesign disse...

Diego,
Hoje mesmo discuti isso com uma professora orientadora, o documentário do Al Gore...
Ela tentou desfazer o documentário, enquanto eu estava defendendo.
Mesmo tendo algum sentido político por trás, que seja, este documentário traz mais benefícios do que marketing para Al Gore...e penso que depois desse documentário a mídia e as empresas estão querendo ter mais responsabilidade social...Se todo esse marketing com sentido pejorativo que os críticos não perdoam resultar em um bem...por que não?