segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Improvável Mudança

O Linkin Park está em estúdio para gravação do novo álbum da banda, que deve sair no primeiro semestre de 2010. Em entrevista a revista norte-americana Rolling Stone, um dos vocalistas da banda, Mike Shinoda, disse: "O novo cd soará como uma ‘comida estranha’ para os fans. É algo como se você experimenta pela primeira vez e pensa que nunca provou nada como isso, mas acaba gostando. Nós temos que gravar o disco e ver no que vai dar".

Se em Minutes to Midnight, de 2007, o Linkin Park já apostava em uma visível – mas não bem-vinda – mudança, este próximo álbum pode ser a projeção ou a decadência dos norte-americanos. O Linkin Park conquistou uma legião de fiéis fans tocando um estilo original, em que o peso do metal vinha em contraponto a batidas de eletro com rap. Álbuns como o Hybrid Theory, de 2001, são históricos. Durante três anos a banda anunciou que produziria algo totalmente inovador e diferente do histórico da banda, e com isso surgiu o Minutes to Midnight, um álbum muito bem trabalhado, mas com uma visível imaturidade. Nesse, as melodias estão mais suaves e o rap – junto ao eletrônico - parece ter sido extinto quase por inteiro. Soa muito mais como uma experimentação do que propriamente como uma inovação. Apesar disso, é muito interessante e possui ótimas canções, deixando a banda ainda com o título de uma das melhores bandas de rock da atualidade.

Neste ano fomos surpreendidos com um ótimo som. “New Divide” foi escrita e produzida para o segundo filme da série Transformes e, apesar de bastante comercial, é puramente de qualidade e mostra uma banda muito bem amadurecida, com um instrumental inteligente e um vocal poderosamente bem encaixado.

Mesmo ditando uma certa mudança no som da banda, ainda acho inacreditável que virá algo realmente novo. Mudança é o que o bandas como The Killers e Silverchair fazem, álbum após álbum, mas o mainstream faz com que os ótimos Linkin park se restrinjam um pouco. Aos fans, devemos ficar na torcida e esperar muita qualidade para vir. 2010 já esta chegando, aguardaremos.

Dica do Post:

Em um ano fraco para a música, três lançamentos surpreendem pela ousadia e pelo fabulosismo.

Em agosto, os antigos garotos do Arctic Monkeys mostram grande amadurecimento em um terceiro álbum de estúdio. Hambug traz um experimentalismo quase surreal e que muito difere do seco britpop que fez o sucesso da banda. A produção do talentoso Josh Homme (Queens of the Stone Age) fez com que a fase adulta de cada um gritasse mais alto, apesar de uma evidente semelhança com as músicas da própria banda de Homme.

Em setembro, somos contemplados com dois ótimos trabalhos. O Pearl Jam volta com uma fúria evidente em seu Backspacer. O grunge é resgatado pela banda, que também investe em baladas com uma clara influência do ótimo trabalho solo do vocalista Eddie Vedder, intitulado Into the Wild.

Quem também surpreende fazendo o mesmo é o Muse. Com o experimentalismo de sempre, a banda constrói um álbum conceitual e viajante em The Resistance. As músicas são esculpidas de forma gradual e alternativa, e recheia nossos ouvidos com verdadeiras orquestras comandadas por uma única voz, e que voz...

Aproveitem!

1 comentários:

Danilo Moreira disse...

Quem é vivo sempre aparece...rsrs

Estava com saudade das suas postagens. Vamos ver no que dá esse novo trabalho do Linkin Park, vou conferir.

Gosto das dicas culturais principalmente de musica que são postadas aqui. Vlw mesmo!!!

E ve se nao some de novo!!rsrs

Abçs!!!!

Olá Bruno, mto bom o seu texto! Bem um desabafo num tom de voz como se estivesse sobre alucinação (e convenhamos, de vez em quando é bom nos alucinarmos dentro de algum universo para fugir um pouco da dura realidade que nos cerca.

Abçs!!!!

http://blogpontotres.blogspot.com/

Atualizado!!!