segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

OS 10 MELHORES ÁLBUNS DE 2008.

Antes de tudo, peço perdão pela incompetência minha neste blog. Final de ano está tenso, viagens, lugares sem internet e falta de tempo (!!!) estão me deixando meio por fora da blogosfera, infelizmente. Para completar, quando eu resolvo publicar meu top 10 de final de ano, o Google vai e apaga meu post por causa dos links para download. Enfim, caso encontrem dificuldade em achar algum álbum, por favor me contatem. Novamente, perdão e que 2009 seja um ano melhor para todos nós.

2008 não trouxe tanta coisa boa quanto 2007 no campo da música, no entanto tivemos estréias fenomenais e álbuns lindos e que já se tornaram clássicos. Abaixo os meus 10 favoritos do ano. Divirtam-se!

Dear Science - TV on the Radio

A Rolling Stone Brasil o definiu como uma colcha de retalhos musical e nada mais é do que isso. Com este terceiro álbum o TV on the Radio se torna bem mais acessível e por isso mais genial. O rock se passa pelo soul, encontrando-se com o R&B por trás de um dance eloqüente e por aí vai. Difícil imaginar? Pois é. O álbum é recheado de influências e diferenças de estilos. A união das faixas estão nas inteligentes letras e nos rastros instrumentais. É o disco do ano, alguém dúvida?


Day & Age – The Killers

O The Killers nunca se manteve preso à uma caracterização ou taxação, buscando sempre se renovar a cada disco, motivo que já causou prejuízo para a imagem da banda, principalmente após seu debut de sucesso ser seguido por um álbum inovador como foi o Sam´s Town (06) - e que foi massacrado pela crítica especializada, além de não ter tido sucesso comercial, apesar de ser muito bom. E é assim que a banda segue, investindo na inovação e acertando em cheio dessa vez. Day & Age é o álbum que melhor define a banda. Agoras os hinos não são tão grandiosos, mas estão lá. As faixas dançantes são mais calorosas e o toque latino e africano é evidente em muitas faixas. Aqui o The Killers se encontra com o world music e faz do seu pop à busca pela conquista nos quatro cantos do mundo. As influências como Queen e U2 são mais evidentes e são utilizadas com muito brilho e entusiasmo, tornando Vegas peça fundamental para a caracterização na carreira da banda. É filosófico e poético e mostra Flowers em plena forma. Fabulosos como sempre!

Atack & Release – The Black Keys.

É com este álbum que a dupla americana faz com perfeccionismo o que uma banda com mais de cinco integrantes poderia não fazer. Atack & Release faz o rock´n roll bater de frente com o blues em uma explosão nostálgica, proporcionando um som sujo e de ótimo bom gosto, além de ser atual, graças a produção significante de Danger Mouse. É um road álbum para a vida.


Fleet Foxes – Fleet Foxes

Parece que o hype de 2008 realmente foi o folk music, até aí tudo bem, mas aí surgem os Fleet Foxes é põe maestria no estilo. É com uma harmonia gritando que cordas, pianos e coros de vozes montam canções poéticas, que soam como uma pintura em forma de música. É denso e profundo, sentimental demais e por isso fascinante. Um presente.

Oracular Spectacular – MGMT

Com lançamentos pop´s meio do que rasos (leia-se previsíveis), o MGMT consegue mexer com o padrão musical da atualidade lançando um debut louvável, onde a juventude onipresente nas canções parece ser oriunda dos acampamentos hippies da década de 70. É com muita psicodélia em faixas gritantes e com letras realistas e atuais, que a banda investe pesado em arranjos que vão do dance/rock ao folk, com evidentes influências da música negra americana. É dopante e extremamente estimulante escuta-lo. Precisa de características maiores do que essas?


Viva la Vida (or Death and All His Friend) - Coldplay

Inovar quando se esta no mainstream é árduo para uma banda. E o Coldplay bem sabe disso. Ao lançar o complicado X&Y, em 2006, a banda engoliu críticas ferrenhas e o descontentamento por parte dos fans (apesar do sucesso comercial), tornando o álbum um verdadeiro fiasco. Assim, a banda novamente se reinventa e junto ao produtor Brian Eno ( U2 ), lança o ótimo Viva la Vida..., o álbum mais profundo e mais bem feito da carreira da banda – não o melhor, diga-se de passagem.Usando coerentes orquestrações e toques latinos empolgantes, o Coldplay se consagra não apenas com um álbum, mas definitivamente com uma completa obra-prima.


Rockferry – Duffy

No decorrer de 2008, muito se comparou a galesa Amy Duffy à inglesa Amy Winehouse. Ambas são talentosas e fazem músicas ótimas, no entanto, Duffy prova que não precisa ser uma constante nos tablóides para fazer sucesso e ser boa no que faz. Com Rockferry, a cantora traz lirismo e autenticidade em faixas que lembram cantoras da época da Motown produzidas pelo gênio atual Mark Ronson. É um veludo único e vibrante.


Death Magnetic – Metallica

Após o lançamento do magnífico Black Álbum, em 1991, o Metallica pareceu relaxar com seu trabalho e assim com seus fans. Com álbuns fracos e que nada lembravam os tempos do Master of the Puppets, a carreira da banda estava em uma decadência visível, oficializada com o tosco St. Anger. Felizmente, a banda ressurge a lá Fênix com o ótimo Death Magnetic, o verdadeiro álbum pós The Black Álbum. Durante o disco, é transparente a paixão pelo metal, com acordes únicos e violentos que estouram caixas com uma intensidade crua e perfeita. É simétrico como deve ser, com a sofisticação de quem já o faz há tempos. Aqui, realmente, quem é rei nunca perde sua majestade.


The Age Of The Understatement - The Last Shadow Puppets

Alex Turner é um gênio. E isso não é um elogio, mas uma constatação. Não se contentando em lançar um dos melhores álbuns de 2007 à frente do Arctic Monkeys, junta-se ao vocalista do The Rascals (Miles Kane) e juntos montam o projeto The Last Shadow Puppets, estendendo influências sessentistas ao máximo, com arranjos por hora orquestrados ou sujos, com guitarras e bateria cruas. Junto a isso, letras que contestam um mundo interior e exterior de cada um de nós. Sem dúvida, uma inquietação genial de jovens com hormônios exaltados.


10º Litlle Joy – Litlle Joy

O grupo já nasceu grandioso. Formado por Fabrízio Moretti (The Strokes) e Rodrigo Amarante (Los Hermanos), além de Binki Shapiro, lançaram no final do ano o ótimo álbum de estréia e supriram as expectativas. Com um clima praiano e que muito lembra amigos se divertindo em um lual, o álbum passa por vezes melancólico e por vezes agressivo. É sensual e sujo, puro brasileiro internacionalizado.

Dica do Post:

E o ano musical de 2009 já começa a todo o vapor. Queridinhos da cena pop indie mundial, os escoceses do Franz Ferdinand muito demoraram mas acabam por lançar o terceiro disco de inéditas. O esperado Tonight é único. Aqui a banda investe na modernidade e caracterizam a noite como roupagem, investindo no eletrônico e colocando a dance music como fator primordial das faixas que se seguem. É um novo Franz, mais moderno, dançante e inovador. Tonight já é grandioso e tem tudo para ser um dos melhores do ano. Eu não duvidaria...

Nota: (.3/5estrelasde5.)