segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Brasil: O império da ignorância

Àqueles que já estudaram a história de nosso país nos empoeirados livros do ensino médio, com certeza reparou que desde aquela época situações visivelmente burras faziam, de forma contínua, parte de nosso cotidiano. Assumo que evoluímos, mas não foi de forma exorbitante. Fomos capazes de colocar Lula no poder, e olhem só que maravilha, duas vezes!

No jornal de hoje estava divulgada a noticia de que descobriram mais casos de mulheres presas junto a homens no Pará. Para àqueles que não acompanharam o caso, um delegado (muito inteligente por sinal), colocou uma jovem de 15 anos em uma cela com mais de dez homens. Não preciso mencionar o final disso. E ainda por cima, o delegado/crânio queria subornar a família da moça, para que pudessem mudar a certidão de nascimento da vítima.

Além disso, em mais uma atitude inteligente, foi colocado em pauta para votação a elaboração de mais um feriado no país, desta vez a favor o Dia da Consciência Negra. Bom, vamos com calma. Ninguém mais acha que nosso país já esta saturado de feriados?? No programa Debate (MTV) uma das defensoras dessa magnífica idéia alegou que os negros brasileiros precisam ser lembrados pelo menos um dia. É inacreditável. Com uma colocação dessas, a coitada atrasa mais ainda a luta contra o preconceito. É triste ouvir certas coisas.

Ainda tocando no assunto ‘preconceito’, em São Paulo, suspeita-se que 3 pessoas foram mortas por neo-nazistas. Essa notícia entra neste artigo pois vestir uma camisa manchada por anos de sangue e humilhação, é a maior ignorância que se pode ter hoje em dia. É inaceitável que grupos vangloriem um sinônimo de um passado triste e vergonhoso, como foi o da época do nazismo. Por isso que das citadas, essa é a maior e mais revoltante.

O pior é que noticias assim são de praxe nos noticiários de nossos dias. Realmente, a educação é o maior déficit de nosso país. Enquanto isso, nosso presidente (figura ilustre deste artigo), continua a lutar pela aprovação do CPMF – que se fosse bem planejado e usado com eficiência, seria realmente um imposto necessário-, tornando também essa uma histórica derrota de seu governo. Infelizmente.

sábado, 17 de novembro de 2007

Cultivando The Secret - O Segredo











Em 2007, fomos surpreendidos com um livro e um documentário que prometia mudar a vida de todos, transformar desejos em realidade de uma maneira fácil, que até então poucos conheciam, mas que sempre foi usada pelos maiores gênios já existentes. Fala-se do Segredo, ou simplificando, a Lei da Atração, que seria nada mais do que atrairmos, por meio de muita convicção e força de vontade, tudo o que buscamos usando apenas nosso pensamento. Complicado? Ok, funciona mais ou menos assim (segundo o documento):


Todos nós possuímos desejos. Algo que queremos muito, seja lá o que for, dinheiro, casamento, um carro, uma casa, um emprego...não importa. Segundo o documento, podemos obter o maior dos nossos desejos apenas usando o poder da mente. Sim, a mente é poderosa, segundo a teoria. Ao focalizarmos em nosso objetivo de maneira convincente, emitimos sensores para o Universo que nos devolve aquilo que realmente lutamos por meio de nosso pensamento, já que esse é o motor de nossas vidas - segundo a teoria. Tudo de bom e ruim que aconteceu conosco, foi devido o estado de espírito que nos encontrávamos. Ou seja, se você estiver mal, seu dia será mau, tudo que há de ruim terá maior probabilidade de acontecer com você. O que seria o contrário, caso acordasse de bom humor.

Lógico que não é fácil assim. A teoria funciona, mas não dessa forma simples. Na verdade, a esperança já é de caráter humano, e não vem de uma teoria.

Quem não o viu (ou leu) o The Secret – O Segredo, recomendo que o façam. Já adianto que é chato e enfadonho, mas traz algo que realmente falta em nós no dia-a-dia: A esperança diária de que tudo melhorará.

De forma mascarada e usando uma fábula teórica, o documento realmente nos alerta de que em plena era capitalista, não adianta baixar a cabeça e pensar que tudo se resolverá com o tempo, que não vai acontecer. O ímpeto diário, que devemos ter ao acordar todos os dias, a motivação, o desejo de ser feliz, tudo isso faz parte quando queremos uma boa vida, mesmo que estejamos passando por momentos incrivelmente ruins.

O documento nos faz compreender que não adianta criarmos uma rotina semanal sem acreditarmos que faremos isso para cumprirmos algum objetivo. Temos de acreditar em si próprios e ter sempre algo em mente, seja o que for, mas que faça ser grandioso para enfrentar os perrengues com muita vontade.

Então é isso, foque em um objetivo e lute por ele. Tente cumpri-lo o mais depressa que puder para que outros objetivos também venham em sua vida. Acredite em si mesmo e não esqueça que a força, a chamada Lei da Atração, é seu próprio suor. O Segredo é a sua fé. Boa sorte na sua cultivação!


Cultivação do bloggueiro: Passar na prova da UFES (25/11) com boa colocação...

"Escritores da Liberdade"

É com grande honra que recebo do blog O Antagonista, o selo Escritores da Liberdade. Aliás, o nome do selo é também o nome de um fabuloso filme com a Hilary Swank, que recomendo a todos que assistam.
O selo é repassado à todos “escritores - mesmo os amadores- que libertam tudo o que sentem e dividem com pessoas que nem mesmo conhecem”.

Os meus 5 indicados são:
Blog Poesia e Palavrão: O blog que me fez gostar de poemas e poesias. Sem mais.

Blog Coisas que Eu Vivendo: Ter abilidade para descrever viagens e momentos pessoais não é para todos, e em seus textos o bloggueiro tira de letra.

Blog Folhetim On Line: Ler um livro on line não é lá essas coisas, mas quando se trata de uma história cheia de altos e baixos e publicada por capitulos, tudo fica bem diferente.

Blog O Avesso da Vida: Divagações simples mas que fazem a diferença em nossas vidas. Tudo em forma de poemas sublimes.

Blog Championship Vinyl: Fazer rir é uma tarefa incrivelmente dificil, e o Rob faz em seus textos como se fosse a coisa mais facil do mundo.

O selo se encontra ao lado do meu blog. Obrigado ao Vladir mais uma vez. E Parabéns aos premiados.

domingo, 11 de novembro de 2007

A errada escolha do caminho mais fácil

No Espírito Santo, um deputado (em breve o nome), alegou estar criando uma emenda em que proíbe a realização de festas raves, com o intuito de acabar com a vasta proliferação de drogas “nesses” ambientes. Provavelmente, a medida foi tomada após diversos jovens ficarem em estados deploráveis (e contabilizando até uma morte) após participarem de uma rave no Rio de Janeiro.

Bom, festas raves têm mesmo fama de ambientes onde drogas rolam soltas, mas será que é só lá?? Garanto para vocês que estão lendo aqui que não. É difícil hoje em dia não acharmos locais onde não possam ser encontradas drogas, sendo que até em igrejas (acreditem...) já foram apreendidas tais substâncias.

O que mais entristece, é que alguém com um cargo de deputado, tenha uma idéia tão equivocada. O que tem de se fazer é aumentar a fiscalização nas festas e micaretas espalhadas pelo país. Existem vários tipos de festa, raves ou não, todas com certeza vão ter algum tipo de droga rolando. Não se trata do tipo de música, do tipo de público e nem do tipo do evento. Drogas estão por todos os cantos.

Aumente a fiscalização, o policiamento, o revistamento entre outros artifícios, porque terminar com um evento é ridículo e ignorante - além de anti-democrático. Nem sempre o caminho mais fácil é o melhor, quando será que vão aprender?

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O Terceiro Sexo


Há pouco tempo, uma polêmica campanha publicitária italiana, gerou um alarde muito grande em todo mundo. A campanha mostrava um berçário e vários bebes com uma pulseirinha indicando o sexo de cada um, inclusive o homossexual (foto1).

Houve uma revolta por parte de conservadores italianos e de várias partes do mundo, que considerava a campanha além de ofensiva, horrorosa.
A questão é, porque ofensiva? Ou melhor, porque tal campanha ainda é considerada polêmica?
Referente à campanha, a utilização de um bebe e sua pulseirinha de recém nascido, serviu mais para provocar uma atenção maior mesmo, de um caso que já saturou a forma de preconceito e que não devia nem ser mais debatido.

Há algum tempo, o atual presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, afirmou ingenuinamente que em seu país não havia homossexuais. Digo ingenuinamente, pois não acredito que pessoas sejam gays por opção e a campanha ajuda refletimos nisso.

É triste ver qualquer forma de preconceito, e mais triste ainda quando tal discriminação aconteça em atual século, sendo que relatos de casos homossexuais existem há muito tempo.

Não tem como saber se a pessoa nasce gay ou não, acho que só quem realmente é para nos esclarecer, mas já que combatemos por anos a fio e com sucesso, discriminação contra mulheres e negros (por exemplo), é inegável que essa é mais uma das metas de nossa sociedade, já que ter preconceito é a ignorância restrita a cada um, e com tantos problemas maiores e mais nojentos para nos preocuparmos, porque não acabarmos com algo tão ridículo? Se as críticas são baseadas em relatos bíblicos, tal livro também diz que todos são iguais. É botarmos a mão na consciência e vermos que não estamos mais na Idade Média.

Foto 2: Marcas de Chibatadas em Iraniano assumido homossexual e que fugiu de seu país.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Cobertura Tim Festival 2007 - Vitória e Curitiba













Vitória, 29/10

Cat Power: A norte-americana Chan Marshall (Cat Power é pseudônimo), abriu a noite do segundo dia do Tim Festival na cidade de Vitória. Mesmo que seja por acaso (seria a canadense Feist, que cancelou de última hora), Cat Power (foto1)e banda fizeram um magnífico show. Fazendo um bom balanço de sua carreira, e cantando covers inusitados, a cantora começou com um público bem tímido, sentados, situação que permaneceu até alguns acordes do que viria a ser Satisfaction e a chamada de Chan para o palco. Voz magnífica e presença de palco que funciona. Destaque para o exímio baterista e para a interpretação moderna de New York New York. Decepção da não-improvisação da música Free, uma de suas melhores canções e que a platéia pedia com clamor.

CirKus with Neneh Cherry: O melhor show do Tim Festival em Vitória. Empolgação, bagunça, críticas aguçadas, músicas extremamente boas e um carisma contagiante. Neneh Cherry e seu marido Cameron McVey (líder do CirKus), eram energia pura e única. Músicas desconhecidas pra mim, mas que nem por isso deixou der ser um ponto fraco na apresentação da banda, que mesmo não falando português como Cat Power, animou mais do que a cantora americana. Destaque para o magnífico show por inteiro (Neneh deve se tornar integrante do CirKus) e para o belíssimo conjunto vocal: Neneh, Cameron e Lolita Moon.

Curitiba, 31/10

Hot Chip: Bom, devido a abertura dos portões ter atrasado demais e o show ter começado pontualmente, mesmo com uma fila enorme, pude ver apenas o finalzinho do show. Fantástico, para quem gosta da banda eletrônica, viram a qualidade dos caras. Infelizmente eles não são tão fiéis assim aos álbuns lançados, mas comandam uma pick-up poderosa.

Björk: Mesmo sendo o show mais criticado do festival em Curitiba, o que vi foi uma explosão de viagens no show da magnífica Björk (foto2). A voz aguda e fiel, as cores vibrantes e diversificadas, a alegria se encontrando com a melancolia, o cenário fantasioso...tudo isso. O show foi sem noção de bom e só não foi melhor devido ao grande atraso que teve, infelizmente. Destaque para Bachelorette, o que foi essa música???

Arctic Monkeys: Esse era por mim um dos mais esperados da noite. Os macacos chegaram tímidos, magros e jovens. E ficaram por isso mesmo. Cumpriram o papel certinho, fizeram umas piadinhas, mas faltam amadurecer muito como rockstars mainstreans. Destaque para o final fodástico com A Certain Romance - mesmo com um repertório bem esquisito, faltando músicas incríveis como 505 e D is for Dangerous. Aliás, apenas 45 minutos de show doeu...

The Killers: Aí estão os reis do festival. Curvem-se ao bigodudo Brandon Flowers, porque ele é o cara! Hallowen, show lotado, última banda… Não precisava demais nada pra deixar o Tim Festival perfeito. HC, Björk e os Monkeys já tinham valido cada centavo gasto no ingresso, mas os Killers chegaram e fecharam o festival com chave de ouro e cravejada de diamantes. Com um repertório bem escolhido, um cenário magnífico e uma apresentação perfeita, o título de melhores do festival é sem dúvida deles. Lindo a platéia acompanhando hits como Mr. Brightside, Somebody Told me e a belíssima All These Things That I've Done. Em Read My Mind também houve cantação, pulos e gritos eufóricos da platéia animada. O único possível gafe foi não tocarem o sintetizador maravilhoso da música On Top - mas quase não é um defeito. Destaque para a performance de Flowers (foto3) e o show em si.